São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2008

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Mundo verde

Na Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, realizada na Alemanha, empresas anunciam compromisso com a onda ecológica, mas estudo do Greenpeace aprova poucos produtos no que se refere ao impacto ambiental

FELIPE MAIA
ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

Os alertas sobre a crise do clima, que ganharam força no ano passado com os relatórios apresentados pela ONU (Organização das Nações Unidas), chegam enfim ao setor de tecnologia. O tema foi um dos principais assuntos discutidos na Cebit 2008, a maior feira de tecnologia e comunicações do mundo, que acabou no domingo em Hannover, na Alemanha.
A questão ambiental ganhou área exclusiva em um dos pavilhões, onde foram apresentados produtos considerados ecologicamente corretos, principalmente com relação à economia de energia. Para entrar no clima, o local foi decorado em tons de branco e verde.
"Todo mundo na Cebit está falando sobre redução de energia porque é uma coisa fácil de fazer. As pessoas e as empresas gostam porque os gastos ficam menores. No entanto, se você quer combater o aquecimento global, deve analisar também a energia gasta para fabricar aquele produto, que tipo de material foi utilizado e como suas peças serão reutilizadas", diz Yannick Vicaire, ativista do Greenpeace e um dos autores de um estudo sobre produtos tecnológicos sustentáveis.
A pesquisa analisou 37 produtos de 14 fabricantes e aprovou apenas três no que se refere ao impacto ambiental.

Guia 3D
Na área de produtos, os aparelhos de GPS tiveram grande destaque na feira, com apresentação de modelos com imagens 3D e para uso específico de crianças, bichos ou veículos.
A Cebit também consolidou a preferência do público por telas sensíveis ao toque. Ao que parece, teclado e mouse estão com os dias contados.
No pavilhão do futuro, em que são apresentadas pesquisas e protótipos na área de tecnologia, houve um grande espaço para novos projetos de interação homem e máquina, tanto na área de games quanto na de equipamentos que ajudam deficientes físicos. Um dos protótipos é uma máquina que "lê" o cérebro humano e consegue decifrar que palavras as pessoas estão soletrando.
A Cebit (sigla em alemão para Centro de Tecnologia de Informação e Negócios, em tradução livre) reuniu neste ano 5.845 expositores de 77 países.


O repórter viajou a convite da Hannover Fairs do Brasil


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