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Mundo verde
Na Cebit, maior feira de tecnologia do mundo, realizada na Alemanha, empresas anunciam compromisso com a onda ecológica, mas estudo do Greenpeace aprova poucos produtos no que se refere ao impacto ambiental
FELIPE MAIA
ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER
Os alertas sobre a crise do clima, que ganharam força no ano
passado com os relatórios apresentados pela ONU (Organização das Nações Unidas), chegam enfim ao setor de tecnologia. O tema foi um dos principais assuntos discutidos na Cebit 2008, a maior feira de tecnologia e comunicações do
mundo, que acabou no domingo em Hannover, na Alemanha.
A questão ambiental ganhou
área exclusiva em um dos pavilhões, onde foram apresentados produtos considerados
ecologicamente corretos, principalmente com relação à economia de energia. Para entrar
no clima, o local foi decorado
em tons de branco e verde.
"Todo mundo na Cebit está
falando sobre redução de energia porque é uma coisa fácil de
fazer. As pessoas e as empresas
gostam porque os gastos ficam
menores. No entanto, se você
quer combater o aquecimento
global, deve analisar também a
energia gasta para fabricar
aquele produto, que tipo de
material foi utilizado e como
suas peças serão reutilizadas",
diz Yannick Vicaire, ativista do
Greenpeace e um dos autores
de um estudo sobre produtos
tecnológicos sustentáveis.
A pesquisa analisou 37 produtos de 14 fabricantes e aprovou apenas três no que se refere
ao impacto ambiental.
Guia 3D
Na área de produtos, os aparelhos de GPS tiveram grande
destaque na feira, com apresentação de modelos com imagens 3D e para uso específico
de crianças, bichos ou veículos.
A Cebit também consolidou a
preferência do público por telas sensíveis ao toque. Ao que
parece, teclado e mouse estão
com os dias contados.
No pavilhão do futuro, em
que são apresentadas pesquisas
e protótipos na área de tecnologia, houve um grande espaço
para novos projetos de interação homem e máquina, tanto
na área de games quanto na de
equipamentos que ajudam deficientes físicos. Um dos protótipos é uma máquina que "lê" o
cérebro humano e consegue
decifrar que palavras as pessoas estão soletrando.
A Cebit (sigla em alemão para Centro de Tecnologia de Informação e Negócios, em tradução livre) reuniu neste ano
5.845 expositores de 77 países.
O repórter viajou a convite da Hannover Fairs do
Brasil
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