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TESTE USP
Tela de cristal líquido de 20 polegadas tem resolução baixa para usar em micro; qualidade de brilho é destaque
TV com função de monitor decepciona
ODEMIR MARTINEZ BRUNO
RODRIGO DE OLIVEIRA PLOTZE
MARIO AUGUSTO PAZOTI
ESPECIAL PARA A FOLHA
As telas de cristal líquido (LCD)
dentro de pouco tempo deverão
substituir os aparelhos de TV e os
monitores de computadores. Essa
tecnologia, que deverá substituir
os monitores CRT (com tubos de
raios catódicos), permite fabricar
equipamentos compactos que
gastam menos energia e emitem
menos radiação.
O principal obstáculo que ainda
impede a substituição dos atuais
monitores CRT é o preço. Embora o custo das telas de cristal líquido tenha caído muito, o requinte
ainda pesa no bolso do usuário.
Uma das características da tecnologia LCD é permitir a fabricação de equipamentos híbridos,
que podem ser usados como televisores e monitores de PCs.
O televisor de cristal líquido de
20 polegadas da BenQ avaliado
neste Teste USP também pode ser
acoplado a um micro e usado como monitor, porém a baixa resolução do equipamento dificulta
seu uso para esse fim.
O destaque do aparelho é a taxa
de brilho (500 cd/m2), quase o dobro quando comparado a outros
televisores LCD. Essa característica é importante, pois proporciona
imagens mais vivas (mais brilho e
contraste). Um outro atrativo da
TV LCD H200 da BenQ é o som
de alta qualidade (estéreo surround).
Equipado com dois alto-falantes embutidos na parte inferior, o
H200 tem tecnologia SRS WOW,
que transforma o sinal estéreo em
som tridimensional, dando a impressão de que o som se espalha
pelo ambiente sem a necessidade
de vários alto-falantes.
O aparelho é compatível com os
principais padrões de vídeo, como NTSC, PAL e Secam, além dos
padrões para TV digital, como
HDTV (High Definition Television). O H200 possui na parte traseira um conjunto de entradas para antena, vídeo composto
(RCA), supervídeo, vídeo componente (Y/Pb/Pr e Y/Cb/Cr) e computadores (áudio e vídeo).
A seleção entre as entradas é facilmente efetuada pela opção input, no controle remoto e no painel frontal do televisor.
A TV LCD H200 oferece diversos recursos para configuração de
cor, som e iluminação, além de
ajustes avançados para o modo
TV e vídeo. Essas configurações
são realizadas por meio de uma
interface OSD (programa interno
que permite a configuração do
equipamento diretamente na tela), que pode ser acessada por
controle remoto ou pelo painel
frontal.
A tela oferece um movimento
de inclinação, podendo ser facilmente posicionada para um ângulo de visão mais confortável.
Além disso, o aparelho oferece
versatilidade quanto à instalação,
podendo ser disposto sobre mesa,
ou fixado na parede. Seu visual se
assemelha a um monitor LCD.
O H200 também pode ser utilizado como monitor quando conectado a um PC. No entanto ele
não é adequado para essa finalidade, uma vez que sua resolução
nativa é de 800x600 pontos. Maior
resolução pode ser atingida, como 1.024x768, porém há uma perda considerável na qualidade da
imagem, fazendo com que ela tenha um aspecto borrado.
A resolução de 800x600 é muito
baixa para um monitor de 20 polegadas.
Mesmo em monitores de 15 polegadas, é comum resolução de
1.024x768; em telas maiores, o
ideal seria adotar resolução
maior.
O H200 é um aparelho de televisão LCD, que apresenta como
principais características a taxa de
brilho e o sistema de som incorporados no equipamento.
A maior desvantagem do equipamento é a baixa resolução no
modo PC (800x600 pontos). Essa
característica inviabiliza a utilização do aparelho como monitor de
PC. Como ainda ocorre com a tecnologia LCD, o equipamento testado apresenta um custo elevado
(aproximadamente R$ 8.200).
Odemir Martinez Bruno é doutor em
física aplicada pelo IFSC-USP e docente
do Departamento de Computação e Estatística do ICMC-USP. Atua nas áreas de
visão artificial, computação paralela e
bioinformática.
Rodrigo de Oliveira Plotze e Mario
Augusto Pazoti são mestrandos em
ciência da computação pelo ICMC-USP.
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