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campus party
Nerd festa
Um dos maiores eventos de tecnologia do mundo chega ao Brasil e reúne entusiastas de diversas áreas; confira atrações gratuitas para visitantes que não se inscreveram
Paulo Fehlauer/Folha Imagem
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O ministro da Cultura, Gilberto Gil, discursa na cerimônia de abertura da Campus Party, na virada de segunda para terça-feira |
EMERSON KIMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nerds só querem saber de estudar e não perdem tempo com
festas. A Campus Party
(campus-party.com.br), que
ocorre até domingo na Bienal
do Ibirapuera, em São Paulo,
tenta mudar mais esse estereótipo. Eles continuam a estudar,
mas dentro das próprias festas.
Milhares de apaixonados por
tecnologia reúnem-se com
seus computadores, trocam
idéias, acessam a internet, participam de competições, escrevem em blogs e assistem a palestras e oficinas.
E dormem. Dos 3.000 inscritos para o evento, cerca de
1.800 optaram por passar as
noites dentro do pavilhão da
Bienal, onde 900 barracas -cada uma serve a duas pessoas-
encontram-se instaladas.
Quem não conseguiu uma
vaga na festa pode visitar gratuitamente o espaço Expo e Lazer, onde empresas expõem
surpresas tecnológicas, como o
VirtuSphere: o usuário, equipado com visor e controle, adentra uma esfera que gira 360,
na qual ele pode se movimentar quase que livremente -as
ações têm efeito no ambiente
virtual retratado no visor.
Na unidade em exposição na
Campus Party, o jogador faz
exercícios de combate, de modo semelhante a jogos de tiro
em primeira pessoa.
Por falar em combate, o ministério da Defesa montou um
estande que mostra o uso de
tecnologia no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. Um
dos propósitos é estimular a
carreira militar entre jovens,
diz o tenente Hélcio Alves Borges. "E mostrar que a gente não
joga só bola." Os simuladores
expostos, principalmente do
Exército -que são até usados
em treinamentos-, devem
atrair muitos fãs de games.
Ao lado do estande das Forças Armadas está o de Esportes
Boêmios, da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. Com mesas para jogos
como futebol de botão, pebolim e sinuca, e um alvo para
dardos, tem um ambiente com
madeira que lembra o de um
boteco -há, até, um cartaz de
um famoso bar paulistano.
As semelhanças, porém, param por aí, já que a Campus
Party é uma festa comportada
-é proibido o consumo de bebidas alcóolicas e cigarro.
No pavilhão, tem até um touro mecânico. Fica no estande
da consultoria em software livre 4Linux -que, ironicamente, é colado ao da Microsoft, um
dos mais vazios no primeiro
dia.
Mas é na Arena que ocorrerão as principais atividades da
Campus Party.
Serão várias oficinas, que ensinarão de astrofotografia a
técnicas de case modding (modificação de gabinetes), passando por lançamento de foguetes, linguagem Java e animação 3D.
Campeonatos de Crysis,
Quake, Unreal Tournament,
WarCraft e StarCraft, entre outros jogos, prometem ocupar
os gamers.
Haverá ainda várias palestras, como a do guru do software livre Jon Maddog Hall -que
também participará de uma
peça de teatro-, a do astronauta brasileiro Marcos Pontes e a
do ex-colunista da "Wired"
Steven Johnson, que lança dois
livros no evento.
Para finalizar, sessões de
premiação e festas com DJs. A
quem ficou de fora da festa,
resta esperar o ano que vem.
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