THIAGO MIO SALLA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro de PCs é guiado pelo preço -as questões que dizem respeito ao design das máquinas ficam em segundo plano. Essa pelo menos é a afirmação de Clóvis Valério, diretor de operações da Metron, empresa que no ano passado ultrapassou a Compaq e se tornou a líder na venda de computadores no Brasil, segundo dados dos institutos IDC e Gartner. A Metron informou ter vendido mais de 200 mil micros.
Apesar da preponderância do fator preço, forma e cor vêm ganhando importância na hora da decisão da compra, segundo Valério. Por isso mesmo a Metron, que até agora praticamente só trabalhava com os PCs "caixa bege", desenvolve micros grafite. O objetivo é "atingir as classes mais altas, mais ligadas à sofisticação e com exigências maiores de design", continua Valério.
Os fabricantes procuram associar design e novas tecnologias, diz Luís Albuquerque, gerente de produtos da Compaq. "Os micros não passam só por upgrades de configuração, mas também por melhorias estéticas baseadas em pesquisas de mercado."
No ambiente doméstico, a aceitação de mudanças é mais rápida, pois cada vez mais o micro é visto como uma peça de decoração, afirma Albuquerque. "O PC precisa ser jovial e muito colorido. Mesmo a cor grafite, que vem dominado os micros residenciais, precisaria vir mesclada com alguma outra."
Ele afirma que, para o cliente corporativo, as inovações seriam bem mais graduais e aconteceriam dentro de certos parâmetros mais conservadores.
Dessa forma, para as empresas, que representam a maior fatia de compra de PCs, o design deve estar atrelado a um micro cada vez mais funcional. Essa é a opinião de Gustavo Brandt, gerente de produtos da Dell. "As empresas querem um desktop compacto e com um design interno 100% encaixável, que facilita a manutenção do equipamento", destaca.



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