São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

reportagem de capa

Fatboy Slim se apresenta no Second Life

NOVO MUNDO Show do DJ inglês dentro do jogo agita 700 pessoas; artista também respondeu a perguntas dos avatares

Rodrigo Paiva/Folha Imagem
O DJ inglês Fatboy Slim fez show virtual no Second Life no mesmo dia em que, mais tarde, se apresentaria ao vivo em São Paulo


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O DJ inglês Fatboy Slim apresentou-se, na última sexta-feira, direto do Brasil para o mundo -o mundo de bits e bytes de Second Life, que o músico acabara de conhecer. "Sou mais do que virgem", disse ele sobre sua relação com o jogo.
Isso não impediu que Slim demonstrasse empolgação com a apresentação, para o qual preparou um set exclusivo de músicas -que não foram tocadas ao vivo. O DJ de carne e osso ficava respondendo às perguntas dos 700 fãs que foram ao show virtual, enquanto seu avatar flutuou pelo palco digital durante os 45 minutos de som.
"Pareço uma mulher", brincou ele sobre o personagem que o representou no jogo, o mesmo que ilustra seus álbuns e que ele escolheu para encarnar em Second Life. Mostrando envolvimento, antes de colocar os avatares para dançar, ele simulou um mergulho na tela, para ingressar no novo mundo.

Brasileiros
O foco do show de Fatboy Slim eram os 100 mil brasileiros que formam a quarta maior comunidade de Second Life. Um lugar dedicado ao país, a Ilha Brasil, muitas vezes aparece entre os mais visitados do universo virtual e vive cheio.
Os brasileiros não esperaram pela versão oficial e já levaram ícones do país para o jogo. Quem visita o Second Life pode ver uma versão digital do Cristo Redentor ou de praias que remetem ao litoral do país. Até o futebol nacional está representado: são muitas as lojas que vendem camisetas da seleção.

Ganhando espaço
O brasileiro Flávio Steffens, conhecido no jogo como Flavio Richez, comprou um terreno do menor tamanho possível em uma promoção da Linden, que vende lotes baratíssimos quando lança uma nova ilha.
O lote, batizado de Brasil Free Money, ficava no meio do caminho da construção de uma boate. "O construtor ficou desesperado e me ofereceu três terrenos pelo meu", contou.
Steffens topou e deu uma festa de inauguração. A balada tomou o tráfego da área -o número de pessoas que pode estar ao mesmo tempo no mesmo lugar é limitado- desagradando os vizinhos, que convocaram uma reunião de condomínio.
O dono de um cassino na região ofereceu cinco lotes pelos seus três e Steffens fez a troca. Só que o aumento de 400% da propriedade, em menos de um mês, foi acompanhado de mais impostos para o avatar.
O empresário virtual diz não estar assustado. Ele acredita que a versão brasileira do jogo vai dar um gás em seus negócios e valorizar o novo mundo. "Second Life é ótimo para fazer contatos", afirmou. (GVB)


Texto Anterior: Eventos on-line: Acontece na internet
Próximo Texto: Garotada: Mundo virtual tem versão própria e exclusiva para menores de 18 anos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.