|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
reportagem de capa
Fatboy Slim se apresenta no Second Life
NOVO MUNDO Show do DJ inglês dentro do jogo agita 700 pessoas; artista também respondeu a perguntas dos avatares
Rodrigo Paiva/Folha Imagem
|
O DJ inglês Fatboy Slim fez show virtual no Second Life no mesmo dia em que, mais tarde, se apresentaria ao vivo em São Paulo |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O DJ inglês Fatboy Slim
apresentou-se, na última sexta-feira, direto do Brasil para o
mundo -o mundo de bits e
bytes de Second Life, que o músico acabara de conhecer. "Sou
mais do que virgem", disse ele
sobre sua relação com o jogo.
Isso não impediu que Slim
demonstrasse empolgação com
a apresentação, para o qual preparou um set exclusivo de músicas -que não foram tocadas
ao vivo. O DJ de carne e osso ficava respondendo às perguntas
dos 700 fãs que foram ao show
virtual, enquanto seu avatar
flutuou pelo palco digital durante os 45 minutos de som.
"Pareço uma mulher", brincou ele sobre o personagem que
o representou no jogo, o mesmo que ilustra seus álbuns e
que ele escolheu para encarnar
em Second Life. Mostrando envolvimento, antes de colocar os
avatares para dançar, ele simulou um mergulho na tela, para
ingressar no novo mundo.
Brasileiros
O foco do show de Fatboy
Slim eram os 100 mil brasileiros que formam a quarta maior
comunidade de Second Life.
Um lugar dedicado ao país, a
Ilha Brasil, muitas vezes aparece entre os mais visitados do
universo virtual e vive cheio.
Os brasileiros não esperaram
pela versão oficial e já levaram
ícones do país para o jogo.
Quem visita o Second Life pode
ver uma versão digital do Cristo
Redentor ou de praias que remetem ao litoral do país. Até o
futebol nacional está representado: são muitas as lojas que
vendem camisetas da seleção.
Ganhando espaço
O brasileiro Flávio Steffens,
conhecido no jogo como Flavio
Richez, comprou um terreno
do menor tamanho possível em
uma promoção da Linden, que
vende lotes baratíssimos quando lança uma nova ilha.
O lote, batizado de Brasil
Free Money, ficava no meio do
caminho da construção de uma
boate. "O construtor ficou desesperado e me ofereceu três
terrenos pelo meu", contou.
Steffens topou e deu uma festa de inauguração. A balada tomou o tráfego da área -o número de pessoas que pode estar
ao mesmo tempo no mesmo lugar é limitado- desagradando
os vizinhos, que convocaram
uma reunião de condomínio.
O dono de um cassino na região ofereceu cinco lotes pelos
seus três e Steffens fez a troca.
Só que o aumento de 400% da
propriedade, em menos de um
mês, foi acompanhado de mais
impostos para o avatar.
O empresário virtual diz não
estar assustado. Ele acredita
que a versão brasileira do jogo
vai dar um gás em seus negócios e valorizar o novo mundo.
"Second Life é ótimo para fazer
contatos", afirmou.
(GVB)
Texto Anterior: Eventos on-line: Acontece na internet Próximo Texto: Garotada: Mundo virtual tem versão própria e exclusiva para menores de 18 anos Índice
|