Com sistema Linux e semelhante ao Vista, o MídiaPC não inclui monitor e vem com pouca memória

ODEMIR MARTINEZ BRUNO
JOÃO BATISTA FLORINDO
ANDRÉ RICARDO BACKES
ESPECIAL PARA A FOLHA

O MídiaPC, da Phihong, é um dos diversos computadores populares que têm surgido no mercado. Ele vem com gabinete preto de design exclusivo e sistema Linux, versão RxArt 3.0, desenvolvida pela argentina Pixart e que oferece funcionalidades similares às do Windows Vista. Há duas configurações possíveis: uma mais básica, equipada com Linux e voltada aos usuários que não precisam de muito poder de processamento, e uma mais completa, com processamento mais potente e possibilidade de instalação do Windows Vista. Neste teste, foi utilizada a versão mais básica.
Configuração
A versão básica tem um chip Celeron D de 2,66 GHz e placa-mãe M5VM800, que acumula as funções de placas de som, de vídeo e de rede. É possível expandir recursos por três slots PCI e um AGP de 8x, disponíveis na placa-mãe. A memória de vídeo é de 64 Mbytes, baixa para as necessidades de memória dos jogos atuais. Outro ponto fraco é que essa memória não é exclusiva da placa de vídeo, mas compartilhada com a memória RAM. O computador possui ainda um modem para conexão discada com a internet.
Quanto à memória RAM, há dois slots, um DDR 400 MHz e um DDR2. A versão básica oferece 256 Mbytes de memória DDR de 333 MHz, o que é pouco para um computador atual. Entretanto é possível expandir a memória para até 2 Gbytes. O disco rígido IDE tem 80 Gbytes. Apesar de existir discos com maior capacidade, o tamanho é ideal para a maioria dos usuários. É possível ainda a instalação de discos Serial ATA, mais rápidos que os IDE, pelas entradas da placa-mãe.
O MídiaPC possui também gravador de CDs, mouse óptico, teclado e caixas de som. Estão ausentes o drive de disquete e o monitor, que deve ser comprado à parte. Na versão mais completa do MídiaPC, o processador é um Pentium dual core ou um Core 2 Duo. A memória é expandida para 512 Mbytes ou 1 Gbyte. Ao gravador de CDs soma-se a função de leitor de DVDs. Estão presentes as conexões VGA, RJ-11 (modem), 2 PS2 (teclado e mouse), Áudio In/ Out, COM1 (porta serial) e LPT (porta paralela ). Há ainda seis portas USB 2.0.
O manual que acompanha o produto traz apenas a configuração do computador e nenhuma informação adicional. A versão Linux RxArt 3.0 conta com visual moderno, o que a torna esteticamente semelhante ao Windows Vista, recém-lançado pela Microsoft, com a vantagem de ser gratuita.
Entre os diversos softwares que vêm instalados, há opções para tarefas de escritório, como o OpenOffice (equivalente ao Office do Windows), para edição e gerenciamento de fotos (como o DigiKan Photo Management e o Gimp Image Editor) e para segurança, como o RxArt antivírus e o firewall. Nos testes, o desempenho dos programas atendeu às expectativas. O ponto fraco ficou por conta da configuração da rede no Linux RxArt 3.0. A distribuição vem com uma interface gráfica para facilitar a configuração da rede por iniciantes, via conexão discada ou modem ADSL.
A funcionalidade foi testada e aprovada. Entretanto não foi possível configurar uma rede associada a uma LAN, como a rede da Universidade de São Paulo, por meio da mesma interface gráfica.
Conclusão
O MídiaPC apresenta um custo acessível, entretanto, é deficiente em termos de recursos de hardware. O principal problema é a ausência de monitor. Ao ter de comprá-lo à parte, o custo total para o usuário não será tão acessível às camadas de mais baixa renda. Além disso, o uso de um sistema operacional livre semelhante ao Windows é interessante, mas a configuração de alguns recursos de rede se mostrou difícil para um usuário com pouco domínio de informática.