São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Tentativas de lucro esbarram em privacidade e conteúdo

DA "TECHNOLOGY REVIEW"

Vasculhar os dados do perfil dos usuários para determinar seus interesses é o melhor caminho para que as redes sociais tenham lucro. Mas, em relação à privacidade das pessoas, é também o mais complicado.
Os anunciantes precisam fazer com que o usuário saiba o que seus amigos compram, ou precisam fazer com que ele envie anúncios para os outros.
O Beacon, programa do Facebook, rastreava as compras do usuário do Facebook e as exibia para os amigos dele. O problema: os usuários eram inseridos automaticamente.
Se uma pessoa alugasse um filme no site da Blockbuster, essa informação se distribuía a todos os membros de sua rede. Depois de petições e de cobertura negativa da mídia, o Facebook acabou por limitá-lo.
O MySpace lançou seu sistema de HyperTargeting (superdirecionamento), que vasculha as informações dos usuários em busca dos gostos deles. Apesar de não ter ainda gerado grandes lucros, o programa "fez com que um número sem precedentes de anunciantes procurasse o MySpace", de acordo com Adam Bain, presidente da Fox Interactive Media Audience Network.

Vizinho imprevisível
Um problema que essa estratégia pode solucionar é a "vizinhança de conteúdo". Ao contrário de um jornal ou de um programa de TV, as redes sociais oferecem um conteúdo altamente imprevisível.
Uma marca gigante e de grande visibilidade pode não desejar correr o risco de seu anúncio aparecer em uma página como a do grupo do Facebook chamado "I've Had Sex with Someone on Facebook" (eu tive relações sexuais com alguém do Facebook).
Mas nem todos são pessimistas. Andrew Braccia, da Accel, um dos primeiros investidores do Facebook, acredita que os anunciantes acabarão por aceitar melhor a natureza "viva, dinâmica" das redes sociais e compreenderão cada vez mais que a imprevisibilidade é parte do atrativo delas.


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