São Paulo, Quarta-feira, 18 de Agosto de 1999
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INTERNET

Feira mostra novas formas de acesso à rede

ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local

A época não podia ser melhor. Com a chegada de novas tecnologias de acesso rápido à Internet, a Comdex aproveita para mostrar, em seus estandes, soluções de navegação com qualidade e muita rapidez.
A Telefônica, operadora de telefonia de São Paulo, por exemplo, montou em seu estande ilhas de computadores para mostrar a conexão RDSI -que permite o uso de telefone, fax e Internet ao mesmo tempo, em velocidade de 64 a 128 Kbps- e a ADSL, linha digital dedicada à Internet 24 horas por dia. A ADSL será lançada no mercado a partir de outubro.
A Embratel também quer chamar a atenção do visitante. Seu estande é um dos maiores da feira e está exibindo os serviços ATM (Modo de Transferência Assíncrona) -conexões que permitem o transporte de dados diferentes (voz, vídeo e e-mail, por exemplo) com rapidez e menores custos.
O provedor PSINet, que está com um estande voltado para empresas na Comdex, também prepara o lançamento do acesso RDSI para daqui a um mês. Na feira, a empresa mostra também o que já está preparando para o acesso sem fio à Internet, que será lançado daqui a três meses.
"Vamos alavancar a concorrência do acesso sem fio", avisa Maurício Meismith, diretor comercial do STI, provedor pertencente ao PSINet em São Paulo.

Só para ver
É bom lembrar que o sonho da Internet rápida ainda custa caro.
As atrações devem ser vistas pelo visitante apenas como lançamentos para uma Internet de um futuro próximo, que ainda deve levar cerca de um ano para virar realidade para o usuário doméstico. Para conseguir uma linha RDSI em São Paulo, por exemplo, o usuário deve entrar em contato com a Telefônica e pagar o preço de adesão (R$ 225).
Na Bahia, os testes de acesso de linhas ADSL também exigem um investimento inicial de, no mínimo, R$ 550, com mensalidade de R$ 200. Além disso, os equipamentos -modems e antenas, no caso da conexão sem fio- também estão com preços altos.

Bom senso
Se a alta velocidade gera ansiedade no internauta mais exigente, é melhor ter bom senso. "O usuário quer preço baixo", afirma Raphael Mandarino, presidente da Associação Nacional dos Usuários de Internet (Anui).
"Este é o momento em que o usuário se prepara para tomar decisões. Mas o preço da Internet no Brasil ainda é um dos mais caros do mundo", diz. A linha telefônica tradicional, segundo ele, sobreviverá por muito tempo. "A Internet está chegando à classe C, que vai contar com provedores menores."




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