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INTERNET
Feira mostra novas formas de acesso à rede
ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local
A época não podia ser melhor.
Com a chegada de
novas tecnologias
de acesso rápido à
Internet, a Comdex
aproveita para mostrar, em seus
estandes, soluções de navegação
com qualidade e muita rapidez.
A Telefônica, operadora de telefonia de São Paulo, por exemplo,
montou em seu estande ilhas de
computadores para mostrar a conexão RDSI -que permite o uso
de telefone, fax e Internet ao mesmo tempo, em velocidade de 64 a
128 Kbps- e a ADSL, linha digital dedicada à Internet 24 horas
por dia. A ADSL será lançada no
mercado a partir de outubro.
A Embratel também quer chamar a atenção do visitante. Seu estande é um dos maiores da feira e
está exibindo os serviços ATM
(Modo de Transferência Assíncrona) -conexões que permitem
o transporte de dados diferentes
(voz, vídeo e e-mail, por exemplo)
com rapidez e menores custos.
O provedor PSINet, que está
com um estande voltado para
empresas na Comdex, também
prepara o lançamento do acesso
RDSI para daqui a um mês. Na
feira, a empresa mostra também o
que já está preparando para o
acesso sem fio à Internet, que será
lançado daqui a três meses.
"Vamos alavancar a concorrência do acesso sem fio", avisa Maurício Meismith, diretor comercial
do STI, provedor pertencente ao
PSINet em São Paulo.
Só para ver
É bom lembrar que o sonho da
Internet rápida ainda custa caro.
As atrações devem ser vistas pelo visitante apenas como lançamentos para uma Internet de um
futuro próximo, que ainda deve
levar cerca de um ano para virar
realidade para o usuário doméstico. Para conseguir uma linha
RDSI em São Paulo, por exemplo,
o usuário deve entrar em contato
com a Telefônica e pagar o preço
de adesão (R$ 225).
Na Bahia, os testes de acesso de
linhas ADSL também exigem um
investimento inicial de, no mínimo, R$ 550, com mensalidade de
R$ 200. Além disso, os equipamentos -modems e antenas, no
caso da conexão sem fio- também estão com preços altos.
Bom senso
Se a alta velocidade gera ansiedade no internauta mais exigente,
é melhor ter bom senso. "O usuário quer preço baixo", afirma Raphael Mandarino, presidente da
Associação Nacional dos Usuários de Internet (Anui).
"Este é o momento em que o
usuário se prepara para tomar decisões. Mas o preço da Internet no
Brasil ainda é um dos mais caros
do mundo", diz. A linha telefônica tradicional, segundo ele, sobreviverá por muito tempo. "A Internet está chegando à classe C, que
vai contar com provedores menores."
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