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COMPUTAÇÃO GRÁFICA
Sistema digitaliza homem para povoar Internet
SEBASTIÃO P. LAGO JR.
especial para a Folha
Imagine poder ter seu corpo digitalizado em uma cabine, permitindo a criação de uma cópia
-clone- virtual. E logo, em
questão de segundos, sua fiel cópia aparece no computador correndo, dançando, pulando ou em
qualquer outra situação que sua
imaginação permitir.
Parece impossível? Não. É realidade. Trata-se de um produto
lançado pela empresa inglesa
AvatarMe, na Siggraph -maior
evento mundial de computação
gráfica e tecnologia interativa,
realizado na semana passada, em
Los Angeles (EUA).
De acordo com o dono da AvatarMe, a missão da empresa é
criar uma "população na (ou da)
Internet". Cada máquina AvatarMe pode escanear até 50 mil pessoas por ano. O que pode ser visto
hoje na Internet são informações
em gráficos e textos. No futuro
-não muito distante-, a presença de humanóides 3D pode
mudar essa situação.
Captura de movimentos
Neste ano, o que mais se viu na
feira, que teve a participação de
mais de 350 empresas e cerca de
50 mil visitantes, foram os sistemas de motion capture. Ou seja,
captura dos movimentos do corpo ou do rosto de uma pessoa, em
tempo real, diretamente para o
computador.
Mais de dez empresas investem
nesse mercado, que é muito disputado nos EUA graças à indústria cinematográfica.
Com esses sistemas, fica cada
vez mais fácil obter movimentos
realísticos para personagens em
3D. A novidade é que agora isso
está sendo feito em tempo real.
Quase todos os sistemas ofereciam plug-ins (programas adicionais) para funcionar dentro de
quase todos os programas 3D.
Outro destaque da Siggraph,
que neste ano comemorou seu
30º aniversário, foi uma impressora tridimensional. Ela captura
as coordenadas do objeto por
meio de uma câmera e gera uma
imagem sólida ou modelo físico
do objeto.
No estande da empresa 3D
Systems, responsável pelo equipamento, pessoas faziam longas
filas querendo ter seu rosto digitalizado. Elas recebiam uma cópia
do rosto do tamanho da palma da
mão.
Programas
A batalha na feira era saber
quem oferecia mais recursos entre os softwares de modelagem
3D. A Discret e seu "3D Studio
MAX", a Avid e seu "Softimage" e
a Alias com seu "Maya" eram alguns dos contendores.
Novas versões de quase todos
eles foram mostradas e lançadas
durante a feira. A guerra desse
mercado parece estar cada vez
mais feroz. O usuário é quem sai
vencedor, já que recursos cada
vez mais incríveis estão sendo
oferecidos. Em muitos casos, o
preço está caindo.
Sebastião P. Lago Jr. (slagojr@digitaldesigner.com.br) é co-editor da revista "Digital Designer".
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