UOL


São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Gravação de vídeos e impressão de fotos ganham maior resolução; scanner, câmera e monitor buscam precisão

Imagem digital alcança mais qualidade

DO ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

A busca por imagens digitais mais fiéis à realidade foi uma das tônicas da CeBIT. Entre as câmeras fotográficas, chamou atenção a Fuji FinePix S603, que possui um sensor fotográfico com resolução de 3,1 Mpixels -algo nada surpreendente-, mas promete gravar vídeos com resolução de 640x480 pontos a 30 quadros por segundo, o que proporcionaria, nessa modalidade, um nível de qualidade similar ao obtido por filmadoras digitais. A gravação, claro, exigiria muita memória: segundo o fabricante, cada 15 minutos de vídeo na qualidade máxima ocupariam um cartão de memória de 1 Gbyte.
Como os cartões de memória continuam caros, as filmadoras tradicionais (que combinam fitas e cartões de memória) tentam fazer o caminho inverso -tirar fotos. A Sony mostrou a DCR-TRV80E, que combina gravação no formato DV -o padrão em vídeo digital amador- e resolução de 2 Mpixels para imagens paradas.
Na impressão doméstica de fotos, o principal destaque foi a Camedia P400, da Olympus. Segundo a empresa, a máquina mantém a resolução de imagens com até 7,7 Mpixels, nível mais do que suficiente para impressões de alta qualidade. Mas a promessa carrega um preço alto: 1.000.
As câmeras ultracompactas, cuja resolução tradicionalmente é ruim, melhoraram. Segundo seu fabricante, a Mustek GSmart LCD 3 atinge 1,92 Mpixel (milhão de pontos) real sem truques via software. Se comprovada, essa característica, aliada ao tamanho compacto -7,2x6,2x2 cm- e à presença de um visor de cristal líquido, tornará a câmera atraente.
A resolução máxima das câmeras de alto desempenho não aumentou na CeBIT, mas a qualidade dos scanners, sim: a Epson, por exemplo, mostrou o Perfection 3200 Photo, que, segundo a empresa, possui a maior resolução do mercado -3.200x6.400 ppp (pontos por polegada). Como essa resolução gera arquivos muito grandes, o scanner, que custa 509, possui conexão USB 2.0, de alta velocidade. Na feira, essa interface também esteve presente em modelos de baixo custo, como o Mustek BearPaw 4800TA Pro, que promete 4.800 ppp e custa 129, mas o scanner mais interessante da CeBIT não trazia o USB 2.0 como principal atrativo.
Embora tenha resolução de "apenas" 1.200 ppp, o HP Photosmart 1200 ( 99) se destacou por um recurso inovador: grava as fotos digitalizadas diretamente em cartões de memória.
Os monitores também atraíram a atenção na CeBIT: depois das telas de plasma de 60 polegadas mostradas por Samsung e LG, a principal novidade esteve com a Philips, que exibiu monitores de cristal líquido (LCDs) com cores supostamente mais precisas -as cores estão entre os motivos pelos quais alguns profissionais ainda preferem as telas com tubo de imagem (CRT). Mas o novo sistema tem de evoluir: os protótipos exibidos tinham a espessura de um palmo, muito mais do que os dois dedos dos LCDs atuais.


Texto Anterior: Aparelhos trazem mais memória e gravador usa DVD de alta resolução
Próximo Texto: Entretenimento
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.