|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
comunicação
Tijolão evolui e vira PC de bolso
INTELIGÊNCIA Os celulares, que já têm programas e serviços, devem ficar ainda mais personalizados
HENRIQUE MARTIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Aos jovens da nova geração,
que crescem com a evolução do
telefone com música, câmera
fotográfica e internet banda
larga, uma breve lição de história: há 25 anos, o celular só servia para falar.
Os primeiros dispositivos
eletrônicos para redes celulares foram inventados muito antes, nos anos 1960, mas aconteceu exatamente em 1983 o lançamento do modelo 8000X do
Motorola DynaTAC, um tijolão
de quase 800 gramas que chegaria às mãos dos usuários no
ano seguinte.
De lá para cá, o design foi algo
que mudou muito. Do primeiro
tijolão aos projetos ultrafinos
de hoje (sem contar o iPhone),
o celular evoluiu a ponto de se
transformar em objeto de desejo do usuário.
"Lembra da indústria automobilística no começo? Os carros eram monocromáticos. Hoje, temos conversíveis e [carros] de todas as cores. O mesmo
vale para os telefones. No começo, eles só serviam para falar
mesmo", diz William Yau, designer da Nokia.
O que mudou também foi o
sistema operacional que move
o telefone, já que, atualmente,
os celulares são praticamente
PCs de bolso.
Os sistemas mais populares
-Symbian, Windows Mobile,
Linux e, ainda neste ano, Android, desenvolvido com incentivo do Google e parceiros-,
brigam por mercado e ainda
não há um grande vencedor.
Correndo por fora, tem a Apple
e seu Mac OS X.
"Os perfis são distintos.
Quem usa o Windows quer produtividade, o Linux é bastante
usado para celulares com música e o Symbian, para multimídia", explica Edson Bortolli Jr.,
diretor de produto da Motorola. "As operadoras também não
se interessam pelo domínio de
um sistema só", completa.
Praticamente todos os fabricantes de celulares e equipamentos de redes entrevistados
pela Folha confirmam uma
tendência para o futuro nos telefones celulares: os aparelhos
serão cada vez mais personalizáveis e os serviços oferecidos
por eles vão atrair cada vez
mais o consumidor.
"Telefone é vitrine para serviços. Não é à toa que Yahoo!,
Google e Apple estejam atrás
[desse mercado]. Com serviços
no aparelho, o valor da internet
vai para o celular", diz Jesper
Rhode, vice-presidente de multimídia da Ericsson.
Para Frederick Kitson, vice-presidente da Motorola Labs,
"a personalização da interface
integrada às buscas vai fazer,
por exemplo, o buscador entender o contexto ao redor do
usuário, o que ele faz, gosta, de
uma forma natural".
Ele dá um exemplo: "Um
acelerômetro embutido pode
identificar quando você está
parado ou em movimento e
bloqueia chamadas no carro,
por exemplo. Ao mesmo tempo, ele pode informar como está o trânsito."
Outro exemplo de função
que pode vir a existir no futuro
é citado por Alan Herring, diretor da Tibco Software. "Já existem, nos EUA, serviços que
unem a experiência de comparação de preços on-line com
códigos 2D em lojas físicas,
permitindo comparar preços
dentro da loja, em tempo real."
Texto Anterior: Novo Firefox enfrenta Internet Explorer revisto e melhorado Próximo Texto: Frase Índice
|