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Com mais banda larga, software tende a migrar para a internet
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior velocidade da conexão de internet permitirá o aumento do número de softwares
que podem ser utilizados diretamente pela internet, sem
precisarem ser instalados no
micro. Mas ainda não se sabe se
os programas on-line substituirão aqueles que são instalados.
"Substituir é um termo forte.
A tendência é que isso aconteça
a médio prazo", comenta Félix
Ximenez, diretor de comunicação do Google Brasil, que oferece o pacote Google Docs, com
editor de texto, planilha e apresentação de slides on-line.
Marco Bravo, diretor de software da IBM Brasil, diz que diversos dispositivos vão estar
conectados entre si pela internet. "A velocidade das redes locais deve ir para a ordem de terabits; hoje, temos megabits.
Apostaria que, com a taxa de
transferência que se terá daqui
a alguns anos, tanto fará ter o
software na rede ou no disco."
Já Osvaldo Barbosa, diretor
do grupo de serviços on-line da
Microsoft Brasil, discorda e diz
que os recursos da internet serão complementares aos dos
programas instalados. "Primeiro, o tempo de carregamento de
uma planilha [na internet] não
vai ser o mesmo [no PC]; segundo, se o usuário precisar de
uma função adicional, ele não
vai encontrar na internet um
recurso tão sofisticado quanto
o que ele usa na sua máquina."
Além do Docs, atualmente já
é possível encontrar outras suítes gratuitas na internet, como
o Zoho (www.zoho.com).
O software do futuro deverá,
necessariamente, ter código
aberto, para entender e ser entendido por programas de outras empresas -o que não tem
a ver com software gratuito,
afirma Bravo, da IBM. "Isso é
sinal de maturidade do mercado de software. É o mesmo processo pelo qual a indústria eletrônica passou há quarenta
anos."
(CAMILA RODRIGUES)
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