HELOISA HELENA LUPINACCI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Primeiro veio o correio eletrônico, e cada internauta ganhou um endereço de e-mail. Depois foram as salas de bate-papo, e cada internauta criou um nickname -ou apelido- para usar. De uns tempos para cá, os internautas usam comunicadores pessoais para falar com seus amigos, e, em vez de endereço ou apelido, agora têm um número.
Os comunicadores pessoais servem para a troca de mensagens instantâneas e arquivos entre internautas. A vantagem desses programas em relação às salas de bate-papo é que o internauta cria uma lista de contatos, com o nome dos amigos que usam o programa e, cada vez que um dos relacionados nessa lista entra na internet, o usuário recebe um aviso de que a pessoa está disponível para conversar.
Se precisar usar a internet e não quiser ficar batendo papo, o usuário pode deixar o programa no modo off-line (desconectado) ou away (fora), que serve como aviso de que a resposta vai demorar.
Esse tipo de programa permite também que os usuários troquem arquivos entre si. Fotos, músicas e filmes. Qualquer arquivo pode ser enviado e recebido nas versões mais recentes dos softs.
Quem não gosta de trocar apenas mensagens em texto pode usar programas que permitem conversas em voz ou vídeo: basta ter uma webcam e um microfone ligados ao micro e um comunicador que permita envio de imagem para conversar com seus amigos cara a cara.

Febre
Todas essas utilidades fazem com que o número de pessoas que aderem ao uso de comunicadores pessoais aumente cada vez mais. No final do ano passado, dados divulgados pela empresa Jupiter Media Metrix, que analisa o mercado on-line, mostraram que a presença de usuários nesse tipo de serviço aumentou e que também cresceu o tempo que cada internauta utiliza os programas de comunicação on-line.
Em setembro de 2000, 10 milhões de pessoas usavam os três maiores comunicadores pessoais nos EUA -AOL Instant Messenger, Yahoo! Messenger e MSN Messenger-, enquanto estavam no trabalho. Um ano depois, em setembro de 2001, o número saltou para 13,4 milhões de usuários.
O uso doméstico de comunicadores também aumentou: em 2000, eram 42 milhões de norte-americanos ligados em comunicadores pessoais para conversar pela internet. Em 2001, já eram 53,8 milhões. Os usuários domésticos aumentaram o número de mensagens trocadas em 28% naquele período, passando de 42 milhões de mensagens enviadas por usuários de suas casas para 53,8 milhões de recados no ano seguinte.
Mais um dado apresentado na pesquisa aponta que o tempo que os internautas dedicam à conversa digital aumentou 110%. Antes, somando o tempo que todas as pessoas usavam seus comunicadores pessoais o resultado era 2,3 bilhões de minutos. No ano passado, o total de minutos gastos com troca de mensagens chegou a 4,9 bilhões.

Compatibilidade
No início, os internautas apenas podiam trocar mensagens entre si, caso usassem os mesmo soft. A maioria deles, até hoje, só funciona dessa maneira. Para permitir que usuários de programas diferentes consigam bater papo e transferir arquivos, alguns comunicadores fazem uma ponte entre os modelos mais populares.



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