|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REPORTAGEM DE CAPA
Inteligência artificial facilita estelionato
CONTROLE REMOTO Bots programados para invasão fazem varredura na internet em busca de vítimas e criam rede de máquinas escravas para roubo de informações e envio de spam; detecção de pragas é mais difícil, pois golpes são discretos
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem se preocupa com a segurança do seu micro pode associar o termo bot a algo negativo. A pecha de vilão não é injusta. Para atingir mais vítimas,
os golpistas usam os serviços
dos robôs on-line para fazer
uma varredura de imensas proporções na internet. Os alvos
são micros sem um programa
antivírus ativo ou que não tenham as últimas atualizações
do sistema operacional.
Depois de uma invasão bem-sucedida, o bot é capaz de enviar e de receber dados via internet. Entre os downloads feitos pelo robô, podem estar programas que permitem o controle remoto da máquina. Dessa forma, são criadas redes de
máquinas escravas, ou zumbis,
que servem para atacar sites
com cargas gigantescas de pedidos de informações (denial of
service ou negação de serviço) e
para enviar mensagens comerciais de correio eletrônico.
Marcha invisível
Por ter motivações financeiras em grande parte dos casos,
os invasores usam as redes de
bots da forma mais discreta
possível. Quanto mais tempo o
bot trabalhar sem que o usuário
perceba, melhor.
Diferentemente dos vírus,
que esgotam os recursos do sistema e exibem mensagens, sem
escolher o tipo de vítima, os robôs invasores se instalam preferencialmente em máquinas
que têm acesso à rede por banda larga e nem sempre deixam
o computador mais lento.
As principais portas de entrada dos invasores são os e-mails com links para sites falsos, mas há pragas que tiram
vantagem de programas de troca de arquivos e de comunicadores instantâneos. Tanta variedade é possibilitada pela inteligência artificial dos bots.
Eles podem, automaticamente,
procurar alvos, enviar programas de invasão e depois comandá-los à distância.
Produto nacional
De acordo com o "Relatório
de Ameaça à Segurança na Internet", pesquisa divulgada pela fabricante de antivírus
Symantec (www.symantec.com.br) em março deste
ano, o Brasil é o país da América
Latina com o maior número de
máquinas infectadas por bots
nocivos: tem aproximadamente 34% do total de computadores infectados da região.
Na avaliação mundial feita
pela empresa, os países mais
afetados são os EUA e o Reino
Unido, com 26% e 22% de máquinas escravas. O Brasil aparece como origem de 2% das máquinas comprometidas e o problema deve aumentar.
Segundo estimativas da empresa de segurança Ciphertrust
(www.ciphertrust.com), no
mundo todo, cerca de 170 mil
máquinas são infectadas diariamente por robôs nocivos.
"O número de ataques cresce
sazonalmente, de acordo com a
importância de um evento ou
de assunto que circula pela internet", explica o especialista
em segurança da Symantec,
Lúcio Costa. O lançamento de
uma nova versão do comunicador MSN Messenger ou a Copa
do Mundo, diz, são alguns
exemplos de temas que são
usados pelos golpistas para
atrair novas vítimas.
(JB)
Texto Anterior: Estudos começaram no século 17 Próximo Texto: Aprenda a proteger seu computador de invasões e dos e-mails nocivos Índice
|