EM TODO LUGAR Sites integram ferramentas como o Twitter e permitem convidar amigos para partida multijogador

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As redes sociais chegaram ao mundo dos games e, pelo visto, vieram para ficar. Já há pelo menos oito bons serviços que permitem, entre outras ações, convidar um amigo para uma partida multijogador ou manter uma lista de games prediletos. E essa é só a ponta do iceberg: o Raptr, por exemplo, se integra a ferramentas como o Twitter, enquanto o PlayFish reúne jogos compatíveis com o MySpace e o Facebook.
O sucesso desses novos serviços chega a surpreender, pois os próprios games nunca foram tão sociais quanto nos dias de hoje: os consoles atuais -PS3, Wii e Xbox 360- conectam-se à internet, RPGs on-line como World of WarCraft reúnem milhões de pessoas, e jogos feitos sob encomenda para redes sociais movimentaram cerca de US$ 98 milhões em 2008.
Em julho, a News Corp, responsável pelo site de relacionamentos MySpace, revelou a intenção de transformá-lo em uma plataforma de games on-line. Tudo para tentar deter o avanço do Facebook -em junho, a rede criada por Mark Zuckerberg recebeu 340 milhões de visitantes únicos, segundo a consultoria comScore, tornando-se o quarto site mais popular do mundo.
"A maioria das pessoas prefere jogar com amigos, mas encontrá-los e jogar com eles pode ser difícil", disse ao Yahoo! Dennis Fong, presidente-executivo e fundador do Raptr, que reconhece 32 mil games, de Halo 3 a Guitar Hero. Com isso, os usuários conseguem acompanhar com qual jogo seus amigos estão se divertindo.

Game conectado
Foi-se o tempo em que jogar videogame era uma ação restrita a pessoas que compartilhavam o mesmo espaço físico. Agora, da sala de estar, é possível participar de guerras mundiais, torneios esportivos e missões em plena Idade Média. Mesmo portáteis como o Nintendo DS e o Sony PSP possuem títulos feitos sob encomenda para o multijogador.
No Brasil, onde Orkut, blogs e Twitter caíram no gosto dos internautas, fica ainda mais difícil resistir a uma partida on-line contra adversários de carne e osso. Grand Chase, game de ação que figura entre os prediletos no gosto nacional, já alcançou picos de 18 mil jogadores simultâneos.
No computador, o precursor das redes sociais de games é o Steam, software criado pela Valve, a produtora de Counter-Strike, como uma tentativa de combater a pirataria. Hoje o serviço ganhou funções de comunidade e já possui mais de 2,5 milhões de contas. Com o Steam, o jogador consegue ver em qual servidor seus amigos estão jogando.
Gratuitas, as redes sociais de games já estão se segmentando em diferentes nichos, como é o caso da Playyoo, cujos membros criam, jogam e compartilham games para celulares. O Dating Gamers, por sua vez, possibilita encontrar parceiros de jogatina "ou algo mais". Afinal, por mais populares que sejam estes mundos virtuais, há quem se sinta solitário por lá.
(THÉO AZEVEDO)