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MEMÓRIA
Vírus eletrônico completa 20 anos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os vírus de computador já
estão infernizando a vida das
pessoas há 20 anos. No dia 10
de novembro de 1983, o estudante Fred Cohen exibiu, na
Universidade da Califórnia do
Sul, a primeira ameaça eletrônica documentada.
Por precaução, a instituição
acadêmica imediatamente baniu qualquer experiência parecida. Porém a exigência não foi
seguida pelo estudante. Cohen
demonstrou seu programa em
outras ocasiões.
Três anos depois do anúncio
de Cohen, surgiu o vírus Brain.
Inofensivo, ele renomeava disquetes para o seu nome. Em
1987, apareceu o primeiro caso
de arquivo que infecta a inicialização de discos, o Lehigh.
Dados da Network Associates e da Panda Software apontam que, em 88, um alemão
criou o primeiro vírus que utiliza criptografia (codificação de
dados) para dificultar a detecção, o Cascade.
O Michelangelo infectou PCs
a partir de 91. Ele causou problemas principalmente no dia 6
de março, data em que tenta
apagar todos os dados do PC.
Com o lançamento do Windows 95, os vírus perderam a
sua principal forma de propagação: eles só funcionavam sobre o sistema operacional DOS.
Foi neste período que surgiram
os vírus de macro, como o Melissa que ainda aterroriza PCs.
Somente em 1999 e 2000, apareceram na internet os primeiros vírus usuários de falhas de
software, como o I Love You
(Loveletter). No final de 2002,
esse tipo de vírus começou a infectar PCs até mesmo sem
qualquer ação do usuário por
meio de falhas do sistema operacional, como o Blaster.
"Hoje, vejo que os vírus só
mudaram na propagação. É
um grande erro categorizá-los
como de internet ou não, como
outros fazem", disse Cohen para a Folha.
(AM)
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