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O Valor do Design
Produtos de tecnologia com aparência mais sofisticada podem custar caro; confira comparações
RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são charmosos -e, por
isso mesmo, mais caros.
Seja pelas dimensões reduzidas, seja pelo design arrojado,
seja pelo uso de componentes
especiais, seja pelo peso de uma
grife, produtos de tecnologia
podem custar bem mais do que
similares com especificações
parecidas, mas menos estilo.
A opção do consumidor por
um produto com desenho mais
sofisticado envolve "qualidade,
prazer e, em alguns casos, orgulho", de acordo com Júlio César
de Freitas, coordenador do curso de pós-graduação em design
e tecnologia digital da FAAP
(Fundação Armando Álvares
Penteado). "Quando o design se
manifesta intensamente em
um produto ou um serviço, as
pessoas têm satisfação em pagar por ele. Compra-se design,
não objetos ou atendimento."
Luís Cláudio Portugal do
Nascimento, professor de design da FAU-USP (Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo),
critica o design que prioriza a
estética em detrimento de fatores como usabilidade e ergonomia. "Design é um conjunto de
funções que têm de ser atendidas -entre elas, a função estética. Não há nenhuma função
com prerrogativa especial", diz.
Em tempos cuja palavra de
ordem é sustentabilidade, fabricantes de computadores começam a usar materiais como
bambu, declarando intenção de
preservar o meio ambiente -e,
novamente, o preço sobe.
Veja, nesta edição, comparações entre produtos mais e menos estilosos e entrevistas com
especialistas em design, tecnologia e ergonomia.
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