São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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reportagem de capa

Visual arrojado aumenta custo do produto

GRACIOSOS >> Mais caros, celulares, micros e tocadores multimídia de grife chegam a oferecer menos recursos que os "feios"

DA REPORTAGEM LOCAL

Por ser bonitão e caro, não quer dizer que um celular seja superior a outro que tenha um visual comum. O alto preço de computadores de grife nem sempre se traduz em alto desempenho.
Considerada referência em design de aparelhos eletrônicos, a Apple tem fama de cobrar caro por seus produtos.
O iPod, por exemplo, apesar de ser um dos tocadores multimídia mais populares do mundo, não é dos mais baratos. "Os iPods são muito mais caros do que outros tocadores de áudio e vídeo, mas a qualidade geral justifica o preço", opina Mario Amaya, artista gráfico e colecionador de produtos da Apple.
A empresa fundada por Steve Jobs atraiu holofotes no início do ano com o lançamento do MacBook Air, laptop leve e finíssimo que foi criticado, entre outros fatores, pela falta de leitor de CD e DVD e por ter apenas uma porta de conexão USB.
À venda por cerca de R$ 6.000 no Brasil, ele é bem mais caro do que outros laptops da própria marca que têm configurações até superiores.
"O custo da Apple é muito polêmico. Se compensa ou não, depende totalmente da finalidade que o usuário tem para o equipamento", diz Amaya. Ele afirma, porém, que os preços hoje são muito menores do que eram há dois anos.
"Mesmo assim, é fato que, na média, gasta-se menos em manutenção e upgrades depois", diz. "E não precisa reinstalar o sistema nunca".

Estilo
Quando grifes entram na jogada, é quase certo que o preço dos aparelhos ganhe mais alguns dígitos.
A LG se juntou à marca de moda Prada para criar um celular com tela sensível ao toque, lançado no ano passado.
Quando chegou ao Brasil, tinha preço sugerido de R$ 2.000, mas hoje pode ser encontrado por cerca de R$ 1.000. A empresa lançará em breve uma nova versão do aparelho, que terá também um teclado QWERTY físico (veja em www.pradaphonebylg.com).
A Acer tem uma série de notebooks que carrega a marca da Ferrari. Com desenho inspirado nos carros de Fórmula 1 da equipe italiana, as máquinas têm bom desempenho, mas custam bem mais do que laptops da própria Acer com configurações semelhantes.
Uma tela de LCD circular é o diferencial do estiloso Aura, celular de luxo da Motorola. Feito com cristal safira, ele custa US$ 1.999,99 nos EUA.
Suas configurações, porém, impressionam menos: a câmera tem apenas 2 Mpixels e não há Wi-Fi nem suporte a 3G, padrão de telefonia móvel que permite maior velocidade de transferência de dados.
(RAFAEL CAPANEMA)


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