São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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teste USP

Scanner fino tem capacidade para fotos

NO PAPEL >> Xerox 7600 é fácil de instalar e tem design atraente; software que acompanha produto é ponto negativo

ODEMIR MARTINEZ BRUNO
ANDRÉ RICARDO BACKES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em um primeiro olhar, o que mais chama a atenção no novo scanner Xerox 7600 é o seu design. Produzido na cor preta, com a tampa na cor prata, esse scanner apresenta um design ultrafino que lhe confere leveza e beleza.
Na sua parte superior encontram-se cinco botões de acesso rápido a funções como copiar, digitalizar, arquivar documentos ou mesmo para enviar o arquivo digitalizado para um e-mail, sendo possível a configuração personalizada das teclas.
Além do desenho, outro ponto merece destaque: o Xerox 7600 é alimentado pela própria conexão USB. Assim, apenas um cabo conectando o scanner ao computador é responsável pela transmissão de dados e pela alimentação.

Instalação e manual
O produto vem com apenas um guia rápido de instalação do scanner (em vários idiomas, incluindo o português) e um CD de instalação, sem manual impresso. No CD encontramos vários tipos de drivers e diversos aplicativos. Ele contém um extenso manual em português.
O scanner tem suporte para os sistemas operacionais Windows Vista/XP/2000, mas não para Linux ou Mac. A instalação, em um computador com XP, foi simples, tanto para drivers quanto para aplicativos.
Durante o teste, o scanner apresentou problemas ao ser instalado em máquina rodando Windows 2000. Embora a instalação tenha ocorrido com sucesso, não foi possível usar os aplicativos de forma adequada.

Digitalização
Para realizar a digitalização de fotos e documentos, o scanner Xerox 7600 vem acompanhado do aplicativo ScanSoft PaperPort que, além das opções de digitalização, permite também o gerenciamento das fotos do computador. Ele possui opções de retoques (como brilho, contraste e saturação) para os arquivos digitalizados. Existe uma grande quantidade de recursos, mas falta organização. O software não apresenta uma interface intuitiva, sendo difícil de usar.
Funções básicas como a alteração da resolução de captura ou a mudança do tipo de arquivo a ser gerado encontram-se escondidas do usuário.
Outro ponto desfavorável é a ausência de uma prévia da digitalização, ou seja, a imagem é adquirida apenas uma vez e já na resolução selecionada (Single Pass), sendo a fonte de luz utilizada um LED RGB. Isso impede, por exemplo, que se selecione apenas parte do documento para a digitalização ou que configurações de brilho e contraste sejam definidas previamente.
Quanto à velocidade, praticamente não existe diferença de desempenho quando comparada à de modelos similares.
O gerenciamento do scanner pode ser feito utilizando-se os drivers Twain ou WIA, ambos disponíveis no CD. A qualquer momento, é possível alterar o driver padrão utilizado pelo scanner no próprio aplicativo PaperPort.
Com relação aos drivers disponíveis, o Twain apresenta um desempenho melhor quando comparado com o WIA. O segundo, por exemplo, não permite a digitalização utilizando a resolução máxima (1.200 DPI), limitando-se a uma resolução de 600 DPI.
Segundo o manual, é possível também configurar uma resolução de 2.400 DPI interpolada digitalmente. No entanto, não foi possível configurar para tal resolução. O máximo obtido no teste foi 1.200 DPI, suficiente para digitalizar fotos e para a maioria das aplicações.

Conclusão
Apesar de possuir um bom hardware e um visual que o diferencia, o Xerox 7600 apresenta um aplicativo que, em vez de auxiliar o usuário, dificulta muito a sua utilização.
A falta de recursos como a prévia da digitalização e a sua restrição de uso aos sistemas operacionais Windows XP e Vista são pontos desfavoráveis.


ODEMIR MARTINEZ BRUNO é livre-docente em Computação e doutor em Física, ambos pela USP. É docente e pesquisador da Universidade de São Paulo. ANDRÉ RICARDO BACKES é mestre em ciência da computação pelo ICMC-USP e doutorando também pelo ICMC-USP.


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