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AVALIAÇÃO
Leia teste exclusivo do Apple PowerBook G4, que grava DVDs e tem muitas portas de expansão; autonomia é limitada
Portátil tem tela grande e bons recursos
DA REPORTAGEM LOCAL
A principal característica do
micro portátil PowerBook G4, da
Apple, é sua tela grande -17 polegadas. Em comparação, a maioria dos notebooks tem tela de no
máximo 15 polegadas. Como a resolução do PowerBook é de
1.440x900 pontos, e os ícones não
ficam pequenos (problema comum quando se tenta elevar artificialmente a resolução de um
monitor), o usuário tem uma área
de trabalho grande -dá para
manter vários programas na tela.
As portas de expansão são outro
destaque: uma entrada de rede do
tipo Gigabit Ethernet -dez vezes
mais rápida do que as conexões
tradicionais- e placa de rede
AirPort Extreme, que funciona no
padrão 802.11g. Esse padrão permite acessar conexões de rede
sem fios com quase cinco vezes a
velocidade dos laptops que usam
a tecnologia Centrino, da Intel.
O PowerBook também traz
uma placa Bluetooth (para conectar periféricos simples, como impressoras, sem usar fios), entrada
para cartão PC Card ou CardBus,
dois conectores USB (1.1), saída
para projetor (tipo VGA) e duas
portas FireWire, que servem para
ligar filmadoras digitais e outros
acessórios com alta transferência
de dados (disco rígido externo,
por exemplo). Uma das portas FireWire é do tipo 800, que tem o
dobro da velocidade normal.
Embora sejam notáveis, os
avanços devem ser contextualizados: ainda há pouquíssimas empresas com Gigabit Ethernet, os
pontos de acesso do tipo 802.11g
são raros (a máquina também
opera nos padrões Ethernet 10/
100 e 802.11b, mais comuns) e o
FireWire 800 ainda não é comum.
O portátil traz um SuperDrive,
que grava CDs e DVDs. Como a
máquina fornecida pela Apple estava sem o software iDVD (que é
fornecido na compra do aparelho), não foi possível testar a performance na criação de DVDs,
mas a gravação de CDs não foi das
melhores: usando uma mídia de
40x, o PowerBook alcançou velocidade média de apenas 8,6x ao
gravar um disco de música. O sistema operacional (Mac OS X) tem
problemas com CDs regraváveis
(RW): se o usuário quiser adicionar arquivos a um CD já usado,
precisa apagá-lo ou recorrer a um
procedimento complicado.
O disco rígido, que é de 60
Gbytes (53,6 Gbytes livres), opera
a apenas 4.200 RPM -já existem
modelos de 7.200 RPM para notebooks-, mas é rápido o bastante
para capturar quatro horas de vídeo digital de alta qualidade (formato DV) sem perder quadros.
Embora esteja ligado a memória RAM abundante e rápida (512
Mbytes que operam a 333 MHz),
o processador, que é um PowerPC
G4 de 1 GHz, nem sempre tem
performance satisfatória: ao converter um lote de arquivos musicais (formato WAV para formato
MP3), demorou 7min03s, muito
mais do que um antigo chip
Athlon de 950 MHz (2min33s).
Além disso, quando o PowerPC
G4 esquenta é acionada uma ventoinha interna bastante ruidosa.
Apesar disso, o chip permite
usar confortavelmente programas de edição de fotos e vídeo.
O PowerBook não é leve -pesa
3,1 kg, bem mais do que os laptops com tela de 14 polegadas, que
chegam a pesar menos de 2 kg.
Mas suas dimensões compactas
(39,2 cm de largura por 25,9 cm de
profundidade e 2,6 cm de espessura) facilitam o transporte. Como a tela gasta muita energia, a
autonomia da bateria é prejudicada: foi de apenas 1h58min ao reproduzir um DVD e de somente
2h08min tocando um CD de música junto com o uso de um editor
de textos. A autonomia com uma
apresentação de PowerPoint foi
melhor: 2h40min.
A tela grande impõe um preço
alto: R$ 20.200 (www.apple.com.br). Nos EUA, a máquina
também é cara -US$ 3.300, 50%
a mais do que os laptops de luxo
com tela de 14 polegadas.
(BG)
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