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São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

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AVALIAÇÃO

Leia teste exclusivo do Apple PowerBook G4, que grava DVDs e tem muitas portas de expansão; autonomia é limitada

Portátil tem tela grande e bons recursos

DA REPORTAGEM LOCAL

A principal característica do micro portátil PowerBook G4, da Apple, é sua tela grande -17 polegadas. Em comparação, a maioria dos notebooks tem tela de no máximo 15 polegadas. Como a resolução do PowerBook é de 1.440x900 pontos, e os ícones não ficam pequenos (problema comum quando se tenta elevar artificialmente a resolução de um monitor), o usuário tem uma área de trabalho grande -dá para manter vários programas na tela.
As portas de expansão são outro destaque: uma entrada de rede do tipo Gigabit Ethernet -dez vezes mais rápida do que as conexões tradicionais- e placa de rede AirPort Extreme, que funciona no padrão 802.11g. Esse padrão permite acessar conexões de rede sem fios com quase cinco vezes a velocidade dos laptops que usam a tecnologia Centrino, da Intel.
O PowerBook também traz uma placa Bluetooth (para conectar periféricos simples, como impressoras, sem usar fios), entrada para cartão PC Card ou CardBus, dois conectores USB (1.1), saída para projetor (tipo VGA) e duas portas FireWire, que servem para ligar filmadoras digitais e outros acessórios com alta transferência de dados (disco rígido externo, por exemplo). Uma das portas FireWire é do tipo 800, que tem o dobro da velocidade normal.
Embora sejam notáveis, os avanços devem ser contextualizados: ainda há pouquíssimas empresas com Gigabit Ethernet, os pontos de acesso do tipo 802.11g são raros (a máquina também opera nos padrões Ethernet 10/ 100 e 802.11b, mais comuns) e o FireWire 800 ainda não é comum.
O portátil traz um SuperDrive, que grava CDs e DVDs. Como a máquina fornecida pela Apple estava sem o software iDVD (que é fornecido na compra do aparelho), não foi possível testar a performance na criação de DVDs, mas a gravação de CDs não foi das melhores: usando uma mídia de 40x, o PowerBook alcançou velocidade média de apenas 8,6x ao gravar um disco de música. O sistema operacional (Mac OS X) tem problemas com CDs regraváveis (RW): se o usuário quiser adicionar arquivos a um CD já usado, precisa apagá-lo ou recorrer a um procedimento complicado.
O disco rígido, que é de 60 Gbytes (53,6 Gbytes livres), opera a apenas 4.200 RPM -já existem modelos de 7.200 RPM para notebooks-, mas é rápido o bastante para capturar quatro horas de vídeo digital de alta qualidade (formato DV) sem perder quadros.
Embora esteja ligado a memória RAM abundante e rápida (512 Mbytes que operam a 333 MHz), o processador, que é um PowerPC G4 de 1 GHz, nem sempre tem performance satisfatória: ao converter um lote de arquivos musicais (formato WAV para formato MP3), demorou 7min03s, muito mais do que um antigo chip Athlon de 950 MHz (2min33s). Além disso, quando o PowerPC G4 esquenta é acionada uma ventoinha interna bastante ruidosa.
Apesar disso, o chip permite usar confortavelmente programas de edição de fotos e vídeo.
O PowerBook não é leve -pesa 3,1 kg, bem mais do que os laptops com tela de 14 polegadas, que chegam a pesar menos de 2 kg.
Mas suas dimensões compactas (39,2 cm de largura por 25,9 cm de profundidade e 2,6 cm de espessura) facilitam o transporte. Como a tela gasta muita energia, a autonomia da bateria é prejudicada: foi de apenas 1h58min ao reproduzir um DVD e de somente 2h08min tocando um CD de música junto com o uso de um editor de textos. A autonomia com uma apresentação de PowerPoint foi melhor: 2h40min.
A tela grande impõe um preço alto: R$ 20.200 (www.apple.com.br). Nos EUA, a máquina também é cara -US$ 3.300, 50% a mais do que os laptops de luxo com tela de 14 polegadas. (BG)


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