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São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

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Livro analisa atos de multidão

DE NOVA YORK

Lançado no ano passado, o livro "Smart Mobs", de Howard Rheingold, já chamava a atenção para as possibilidades abertas pela tecnologia para agrupar fisicamente as pessoas ou mobilizá-las a tomar certa atitude.
Embora não estivesse focado especificamente nas "flash mobs", o livro argumentava que o movimento seria crescente. "O potencial aberto pela internet e pelos celulares para ação coletiva auto-organizada é significante. Nas Filipinas, cidadãos reunidos por mensagens de celulares derrubaram o regime [do presidente Joseph] Estrada. Nos EUA, a campanha presidencial de Howard Dean demonstrou poder sem precedentes de organização da base pelo [site] meetup.com", exemplifica ele.
No início deste ano, a escalada para a Guerra do Iraque abriu caminho para os primeiros exemplos mundiais de organização coletiva por meio da internet.
Graças à internet, organizações pacifistas tiveram grande sucesso ao convocar as manifestações contra a guerra em fevereiro e março -os protestos entraram para a história por levarem milhões de pessoas às ruas nos mais diferentes pontos do globo.
De agora em diante, Rheingold, que foi editor-executivo do site HotWired (filhote on-line da revista de tecnologia "Wired") e fundador do site Electric Minds (www.abbedon.com/electricminds/html/home.html), opina que haverá uma disputa sobre como usar a tecnologia.
"Cartéis de mídia e agências do governo querem impor de novo o regime da era de transmissões, na qual os consumidores de tecnologia eram privados de seu poder de criar e deixados apenas com o poder de consumir. Essa disputa de poder é o que há nas batalhas sobre compartilhamento de arquivos, proteção de cópias e regulação do espectro do rádio", escreveu ele. (RD)


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