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HISTÓRIA
Mac completa duas décadas em meio à preparação de um novo iMac e à popularização da linha de notebooks
Macintosh festeja 20 anos mais portátil
ALEXANDRE MANDL
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No próximo sábado, a Apple comemora os 20 anos do Macintosh, uma das marcas de computador de vida mais longa.
A linha Mac, que surgiu em
1984, como um modelo de 128
Kbytes de memória RAM, comemora duas décadas com as suas
versões portáteis, o iBook e o PowerBook, em alta no mercado.
O primeiro Mac não foi um sucesso de vendas. Apesar de ter recursos inovadores, como a interface gráfica com menus, ícones e o
mouse, os usuários preferiram o
padrão IBM-PC com MS-DOS.
Mesmo com vendas tímidas, o
Macintosh virou o principal produto da Apple em 1985. Justamente nessa época, Steve Jobs,
um dos fundadores da Apple, saiu
da empresa depois de divergências internas com companheiros.
A ausência de Steve Jobs, entretanto, não atrapalhou o desenvolvimento do Macintosh. A Apple,
decidida a ganhar mercado, lançou vários modelos de Mac. Chegou até mesmo a abrir a arquitetura do produto para outras empresas. Foi aí que surgiram os
"clones", como os da DayStar.
Os "clones" e os lançamentos
não foram suficientes para a Apple manter as suas finanças saneadas. No primeiro trimestre de
1996, a empresa teve um prejuízo
de quase US$ 800 milhões.
No ano seguinte, Steve Jobs retornou à Apple, que, então, comprava a sua companhia, a NeXT.
Como presidente da empresa,
deu início ao desenvolvimento do
iMac e do iBook, além de cancelar
os acordos de licença do Mac.
Em maio de 1998, o iMac era
anunciado. Os computadores coloridos virariam o novo símbolo
da empresa e iniciaram a recuperação financeira da Apple.
Ciente do caminho a seguir, a
Apple reforçou os seus investimentos na linha Macintosh. Em
2002, lançou os processadores G4
e o novo iMac, apelidado entre
usuários de "abajur". No ano passado, a política continuou: o Mac
ganhou mais um processador, o
G5, o primeiro chip doméstico de
64 bits.
Previsões
Sites como o MacDev
Center.com já sugerem o que deve ser o próximo iMac: semelhante ao antigo Power Mac G4 Cube,
ele terá como novidade o monitor, que será conectado ao computador por bluetooth e poderá
funcionar como Tablet PC.
Questionado sobre a possibilidade de o próximo iMac vir a ter
recursos de TV, Steve Jobs nega a
idéia. Em entrevista à revista norte-americana "Macworld" deste
mês, ele afirma que "você vê televisão para desligar a cabeça e usa
o computador para ligá-la".
Mobilidade lucrativa
Enquanto o novo iMac não chega, a Apple detém 2,4% das vendas de computadores (PCs, notebooks e servidores) do mundo em
milhões de dólares, segundo o
Gartner Dataquest.
No primeiro trimestre de 2004,
as vendas de Macintosh surpreenderam -não pelo volume de
vendas, mas pelo crescimento da
linha móvel. A diferença da vendas dos modelos de mesa, o iMac
e o Power Mac, para a dos modelos portáteis, o iBook e o PowerBook, diminuiu de 161 mil unidades vendidas para 37 mil.
Para quem pensa que 2,4% é
pouco, diante dos 17,3% da Dell,
Steve Jobs tem a resposta. "O espaço da Apple é maior do que o
da BMW e o da Mercedes no mercado automotivo. Qual o problema de ser uma BMW ou uma
Mercedes?", disse ele também em
entrevista à revista "Macworld".
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