especial para a Folha

A psicóloga e pesquisadora do Media Lab Jocelyn Scheirer demonstrou-me lá seu Galvactivator. É uma pequena luva, que cobre apenas parte da a palma da mão, com sensores que medem a condutividade superficial da pele. Esses sensores controlam o brilho de uma lâmpada.
Há mais de cem anos já se sabe que a condutividade varia em razão do estado emocional das pessoas.
Scheirer sugeriu que eu testasse a luva. Após colocá-la, pediu que eu respirasse fundo e pensasse em algo agradável. O resultado foi impressionante: a luz começou a brilhar forte. Scheirer pediu que eu relaxasse e, como era de se esperar, o brilho da luz foi desaparecendo.
O objetivo do Galvactivator não é, certamente, colocar as pessoas em situações embaraçosas. Imagine, por exemplo, como seria constrangedor cumprimentar uma colega de trabalho e a maldita luzinha começar a brilhar, denunciando o estado de excitação do usuário.

Controle do estresse
Segundo a pesquisadora Jocelyn Scheirer, uma aplicação possível para o aparelho é o autocontrole de estresse.
Se a luz brilhar muito, saberemos que é hora de relaxar um pouco, poupando o corpo dos malefícios do estresse prolongado e ajudando pessoas com problemas cardíacos, por exemplo.
Outra aplicação é a visualização do estado de excitação de uma grande massa de pessoas, como em um show de rock ou em uma peça de teatro.
As luzes dos espectadores começariam a brilhar nos momentos de maior emoção do evento, num interessante efeito visual.


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