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reportagem de capa
PlayStation 3 chega em meio a confusões
SONY Falta de peças faz empresa limitar oferta do console, que é o mais caro da nova geração, e atrasar lançamento na Europa
Paul Sakuma/Associated Press
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Jovem brinca com um PlayStation 3 numa loja da Califórnia |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Grandes poderes trazem
grandes responsabilidades". A
frase vem de "Homem-Aranha", mas ilustra a escalada da
Sony, que, em dez anos, chegou
à liderança do mercado de videogames, ultrapassando as
tradicionais Sega e Nintendo.
Agora, o PlayStation 3, mesmo com um lançamento turbulento nos EUA, chega não somente com a missão de manter
a posição da companhia mas
também com objetivos muito
maiores, como popularizar os
discos Blu-ray, que se apresentam como candidatos a sucessores dos DVDs.
A tecnologia, concorrente do
HD-DVD, é capaz de armazenar até 54 Gbytes de dados e,
somada ao poderio do processador Cell e à tecnologia de gráficos da Nvidia, garante ao console um impressionante visual
de alta definição, com resolução de até 1.080 linhas. Todo
esse requinte, porém, também
tem um lado negativo.
O aparelho enfrenta diversos
contratempos para conquistar
o mercado, a começar pelo preço: é o mais caro da nova geração. Basta dizer que, com o valor do pacote mais requintado,
US$ 599, nos EUA, o consumidor compra um Wii mais a opção modesta do Xbox 360 e ainda sobra dinheiro.
Em contrapartida, no campo
tecnológico, a Sony marca de
perto as concorrentes Nintendo e Microsoft. Sem muita cerimônia, incorporou ao seu projeto dois aspectos bem-sucedidos da concorrência: o controle
sensível aos movimentos e uma
rede on-line centralizada.
O Sixaxis, nome do joystick
do PlayStation 3, assim como o
controle do Wii, capta movimento e rotação em três dimensões, embora, ao menos
nos testes iniciais, fique bem
aquém do inspirador.
De qualquer forma, é o suficiente para acrescentar algum
"tempero" a jogos de certos gêneros, como os esportivos e os
de simulação de corrida.
Prejuízo
Como se não bastasse ter a
opção mais cara, a Sony ainda
foi obrigada a atrasar o lançamento do PS3 na Europa para
março de 2007, por causa da
falta de um componente chamado diodo de laser azul.
A cada PS3 vendido, a Sony
perderá dinheiro, por causa dos
altos custos de produção da
máquina.
Até março de 2007, quando a
empresa espera já ter vendido 6
milhões de consoles, o prejuízo
da divisão de games será de
US$ 1,7 bilhão.
O lançamento no Japão também foi problemático, com
apenas 80 mil unidades disponíveis. Curiosamente, a média
de jogos vendidos no país é inferior a um por console, o que
significa que muitos compraram o PS3 para vendê-los por
preços assustadores a revendedores ou em sites de leilão.
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