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Cantores e compositores mostram sua cara, história e música na Internet
MPB on line
ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local
VIVIANE ZANDONADI
free-lance para a Folha
Toca pouco nas rádios, mas só
cresce na Internet. Ponto de encontro de culturas e línguas, a rede
está sendo usada pelos músicos
brasileiros como espaço de interação com o público.
Artistas da nova e da velha geração da MPB tateiam o virtual e
inauguram um novo jeito de falar e
cantar para o mundo.
De acordo com o serviço de busca Cadê?, o número de sites de
MPB aumentou cerca de 70% nos
últimos 12 meses. São mais de 300
home pages de artistas e grupos recheadas de recursos multimídia,
com imagens e muito som.
Admiradores e curiosos encontram cardápio variado: vida e obra
dos artistas, discografias, fotos,
agendas de shows, CDs e trechos
de músicas. Podem até aprender o
caminho das pedras para tocá-las.
Que som é esse?
Para quem sente falta de ouvir
MPB pelo rádio, a Internet tem rádios virtuais com boa programação do gênero.
Com grande riqueza sonora, a
MPB mistura ritmos e expressões
de diferentes culturas, criando novas sonoridades.
Momentos históricos, como a
criação da bossa nova, o tropicalismo e os festivais dos anos 60, mexeram com o significado do que ficou conhecido como MPB, que
passou a designar uma categoria
muito especial: a de gêneros misturados. MPB é samba, jazz, rock e
qualquer outra soma que tenha sonoridade brasileira.
O ecletismo, espelho de uma população de traços multiculturais,
dá à MPB um caráter planetário,
parecido com o que vemos hoje na
Internet.
Novos artistas, como Marisa
Monte, Ed Motta, Zélia Duncan e
Belô Velloso, levam a MPB a um
novo caminho de divulgação.
Expressões como "cérebro eletrônico" e "geléia geral", utilizadas
por Gil e Caetano, nunca soaram
tão verdadeiras.
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