São Paulo, Quarta-feira, 23 de Junho de 1999
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Cantores e compositores mostram sua cara, história e música na Internet
MPB on line

ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local

VIVIANE ZANDONADI
free-lance para a Folha

Toca pouco nas rádios, mas só cresce na Internet. Ponto de encontro de culturas e línguas, a rede está sendo usada pelos músicos brasileiros como espaço de interação com o público.
Artistas da nova e da velha geração da MPB tateiam o virtual e inauguram um novo jeito de falar e cantar para o mundo.
De acordo com o serviço de busca Cadê?, o número de sites de MPB aumentou cerca de 70% nos últimos 12 meses. São mais de 300 home pages de artistas e grupos recheadas de recursos multimídia, com imagens e muito som.
Admiradores e curiosos encontram cardápio variado: vida e obra dos artistas, discografias, fotos, agendas de shows, CDs e trechos de músicas. Podem até aprender o caminho das pedras para tocá-las.

Que som é esse?
Para quem sente falta de ouvir MPB pelo rádio, a Internet tem rádios virtuais com boa programação do gênero.
Com grande riqueza sonora, a MPB mistura ritmos e expressões de diferentes culturas, criando novas sonoridades.
Momentos históricos, como a criação da bossa nova, o tropicalismo e os festivais dos anos 60, mexeram com o significado do que ficou conhecido como MPB, que passou a designar uma categoria muito especial: a de gêneros misturados. MPB é samba, jazz, rock e qualquer outra soma que tenha sonoridade brasileira.
O ecletismo, espelho de uma população de traços multiculturais, dá à MPB um caráter planetário, parecido com o que vemos hoje na Internet.
Novos artistas, como Marisa Monte, Ed Motta, Zélia Duncan e Belô Velloso, levam a MPB a um novo caminho de divulgação.
Expressões como "cérebro eletrônico" e "geléia geral", utilizadas por Gil e Caetano, nunca soaram tão verdadeiras.


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