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"Meu livro não existiria sem a Internet"
da Reportagem Local
"O meu livro não existiria se não
fossem a informática e a Internet."
A procuradora de Justiça do Estado de São Paulo Luiza Nagib Eluf,
44, diz isso com convicção.
Quando começou sua longa jornada de pesquisas para o livro
"Crimes Contra o Costume e Assédio Sexual", (ed. Jurídica Brasileira), de 2.052 páginas, Luiza Eluf viu
que era difícil encontrar informações em órgãos da Justiça.
"O assunto "assédio sexual" ainda
não tem jurisprudência na área
criminal, só na trabalhista", explica. "Eu queria fatos, já que o meu
livro é todo baseado em histórias
reais", conta.
Em busca de notícias, Eluf resolveu experimentar o Yahoo! (www.yahoo.com), o Infoseek (infoseek.
go.com/) e o brasileiro Cadê?
(www.cade.com.br). "Encontrei
muitas informações, todas nos arquivos de jornais e revistas na Internet", conta.
Se não existisse a Internet, ela teria de se deslocar até bibliotecas e
arquivos de jornais. "Levei três
anos para finalizar a minha pesquisa, trabalhando todos os dias.
Teria levado dez se não tivesse
acesso ao computador e à Internet", calcula.
Eluf considera "impressionante"
a velocidade da Internet para obter
informações. No ano passado, ela
acessou o Yahoo! para encontrar
promoções de hotéis do exterior.
"Depois de navegar, consegui negociar com as agências de turismo."
A procuradora não se considera
uma usuária assídua de Internet.
"Eu trabalho o dia inteiro em frente ao computador, não consigo navegar depois. Fico cansada de
olhar para a tela", conta.
No Ministério Público, onde trabalha, Eluf visita os sites do Ministério Público (www.mp.sp.gov.br), do Supremo Tribunal Federal
(www.stf.gov.br) e do Tribunal de
Justiça do Estado (www.tj.sp.gov.br).
Ela acha a Internet "o máximo!",
principalmente para pesquisa. "Eu
uso só no trabalho, mas acho normal alguém bater papo ou namorar por meio da rede. As pessoas
estão tão sozinhas..."
Mas reclama da conexão. "A Telefônica é péssima, me faz desistir
da Internet", revela. "Tenho uma
linha só para Internet, mas mesmo
assim ela cai ou dá sinal de ocupado. A gente tenta reclamar, mas é o
mesmo que falar com a parede.
Saudades da Telesp!"
Embora seja otimista em relação
à Internet como meio de comunicação, ela diz se preocupar com sites de pornografia infantil e pedofilia. "São coisas lamentáveis. É
preciso policiar isso", diz. (ALu)
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