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São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

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Mercado é foco de corrida do ouro

DA REPORTAGEM LOCAL

O Google virou o número um em buscas, lugar que já foi ocupado em outros anos pelo Yahoo! e pelo AltaVista. Segudo pesquisa realizada pela comScore Networks (www.comscore.com) em maio deste ano, nos EUA, de cerca de 4 bilhões de buscas, 32% foram realizados pelo Google, 25% pelo Yahoo!, 19% pela AOL e 15% pelo MSN.
Enquanto o Yahoo! partiu da pesquisa para outros segmentos -hoje o Yahoo! virou um gigantesco portal, que oferece, além da busca, endereço de e-mail, espaço para guardar e criar páginas, programa para bate-papo e outros serviços-, o Google centrou seu foco na procura. Criou filhotes desse nicho, cativando dessa forma o internauta. Além de procurar sites, encontra também imagens, grupos sobre um determinado assunto e lista por diretório. Isso não é nenhuma novidade para seus rivais.
O Yahoo!, que já havia liderado as pesquisas, acordou para a importância do atual número um e mudou seu visual, oferecendo ao internauta a busca por imagens e outros diferenciais. E não foi só isso: há uma semana, partiu para a revanche e comprou a Overture Services (www.content.overture.com) por US$ 1,63 bilhão. Essa empresa é especializada em possibilitar aos anunciantes que ofereçam dinheiro para se destacar nas páginas com resultados.
O Google já havia criado algo semelhante, porém seus proprietários afirmam que os resultados de pesquisa não são diretamente influcenciados por propaganda.
A corrida pelo ouro das buscas on-line não pára por aí. O Yahoo! já havia desembolsado no primeiro trimestre US$ 235 milhões para adquirir a tecnologia de buscas da Inktomi. A meta é clara: diminuir a dependência que tem hoje do Google, que fornece o motor do sistema de buscas do Yahoo!.
Segunda-feira o Yahoo! anunciou atualizações e novos serviços do Cadê (www.cade.com.br), com 40 milhões de páginas brasileiras cadastradas.
Um gigante de outra área partiu para a mesma investida. A Microsoft, que utiliza os serviços da Overture pelo MSN (www.msn.com), decidiu que está na hora de criar seu próprio mecanismo de busca. A empresa de Bill Gates não costuma brincar em serviço quando se trata de derrubar concorrentes. Nem que para isso ela tenha de nocauteá-lo com iniciativas que a levem até mesmo a responder a processo judicial, como ocorreu na guerra dos navegadores, em que a então líder Netscape perdeu quando a Microsoft decidiu incluir o navegador Internet Explorer no sistema operacional Windows, que faz parte de mais de 95% dos computadores em todo o mundo. Por ora, o Google continua líder. (MZ)


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