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TESTE USP
Athlon XP 2600+ tem bom desempenho, mas velocidade indicada pelo fabricante não corresponde ao clock
Nova tecnologia aumenta poder do chip
DILVAN DE ABREU MOREIRA
ODEMIR MARTINEZ BRUNO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O processador Athlon XP 2600+
com arquitetura QuantiSpeed foi
lançado recentemente pela AMD.
A sua arquitetura QuantiSpeed
aumenta a performance do chip e
o volume de trabalho executado
em cada ciclo de clock. No seu coração há um núcleo com nove
unidades de execução que proporcionam mais caminhos para
alimentar o mecanismo do chip
com instruções dos programas.
Isso significa mais velocidade de
processamento sem aumento da
frequência do processador. Segundo a AMD, essa arquitetura
ajuda a impulsionar a performance dos aplicativos no XP.
O Athlon XP 2600+ foi projetado para oferecer bons resultados
quando trabalha com mídia digital (áudio e vídeo), graças à arquitetura QuantiSpeed, à tecnologia
3Dnow! Professional e à maior
quantidade total de memória cache (384 Kbytes).
A cache é uma memória rápida
embutida no chip, que evita fazer
acessos repetidos à memória
principal (mais lenta) para buscar
informações. Ficam na cache as
informações que o processador
utiliza com mais frequência.
Nos testes, o Athlon XP 2600+
foi submetido a diversas avaliações de desempenho (benchmarks) para avaliar a performance em aplicações corriqueiras
-planilhas e editores de texto-
e específicas -científicas, computação gráfica e jogos.
A máquina de testes foi montada com uma placa-mãe recomendada pela empresa, memória
DDR de 512 Mbytes, placa de vídeo de alta performance Nvidia
Gforce 4 Ti 4600 com 128 Mbytes
e disco rígido ATA 100, para que
os componentes do computador
não desfavorecessem o desempenho do processador. Saiu-se bem,
com ótima performance.
O processador alcançou 5.557
Mips (milhões de operações com
números inteiros por segundo) e
4.690 Mflops (milhões de operações em ponto flutuante). Ou seja,
o poder de processamento aproximou-se do XP 2800+.
A temperatura do processador
quando refrigerado fica em torno
dos 74 C, bastante elevada. Se a
qualidade do sistema de refrigeração (dissipador e ventilador) acoplado ao processador não for bem
dimensionada e de boa qualidade,
poderão ocorrer queda de performance e travamento.
O Athlon XP 2600+ não possui
um clock de 2,6 GHz, como seu
nome parece indicar. Para saber o
clock real, basta verificar o Bios e
ver o valor fornecido ao processador, que nesse caso é 133 MHz, e
multiplicá-lo por 16, fator usado
pelo processador. O clock real
atinge assim aproximadamente
2,133 GHz.
O Athlon XP 2600+ atingiu
também 82 quadros de imagem
por segundo e 610 mil pontos por
quadro, no jogo Unreal Tournament 2003. Para que o olho humano não perceba falhas em um
vídeo, é necessário que a imagem
seja mostrada a pelo menos 24
quadros por segundo.
O clock do barramento processador-memória do XP 2600+ é de
266 MHz e está um pouco abaixo
do fornecido pelos modelos topo
de linha das placas-mãe atuais.
No XP 2800+, o clock foi aumentado, atingindo 333 MHz.
Durante os testes foram instalados dois sistemas operacionais:
Windows XP e Linux RedHat 8.0.
Com o primeiro, a instalação foi
bem-sucedida, o processador demonstrou boa performance e a
máquina não travou. O processador foi reconhecido imediatamente pelo Linux RedHat 8.0.
Os processadores Athlon XP
são destinados a quem deseja
maior poder de processamento e
está disposto a pagar por isso. Vale lembrar que embora o processador seja o principal elemento do
computador, o desempenho da
máquina se deve também a outros elementos -placa-mãe, memória, placa de vídeo e disco rígido. Se um processador de alta
performance for montado em um
sistema com componentes de baixa qualidade, isso reduz a performance do computador e significa
desperdício de investimento.
Uma característica dos processadores da AMD é o competitivo
custo-benefício. O valor do Athlon XP 2600+ está em torno de
U$ 297 (para lotes de mil unidades), um preço atraente frente aos
chips similares da Intel.
Dilvan Moreira é Ph.D. em engenharia
eletrônica pela University of Kent at Canterbury, Inglaterra, e trabalha no programa de pós-graduação do Depto. de Ciências de Computação e Estatística do
ICMC-USP. Odemir Martinez Bruno é
professor-doutor e pesquisador do
ICMC-USP e atua em visão artificial e
computação paralela. Colaborou Christian César Bones.
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