HELOISA HELENA LUPINACCI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem tem vontade de conhecer o Linux, sistema operacional gratuito criado em 1991, não pode perder o documentário "Revolution OS", que está na 26ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (www.mostra.org). Durante 85 minutos, o espectador é bombardeado por discursos a favor do software livre e da liberdade de alterar um programa para adequá-lo ao uso. Entre os assuntos abordados, estão a história do surgimento dos movimentos GNU (www.gnu.org) e Open Source (www.opensource.org), o nascimento do Linux e a adesão da Netscape ao código aberto. Mesmo quem não sabe direito o que é um sistema operacional entende que o filme não é só para hackers ou nerds. Ali, entre discussões tecnológicas, fala-se de liberdade. Ao final, depois de ouvir figuras como Linus Torvalds e Richard Stallman versando sobre as maravilhas do código aberto, o espectador pode sair do cinema com duas idéias fixas: adotar softwares livres e virar nerd. O filme passa dia 29, às 21h, na Sala UOL de Cinema, e será seguido de debate sobre liberdade digital, com Marcelo Tosatti, mantenedor mundial do kernel, núcleo do sistema, que provê os serviços básicos para todas as partes dele, do Linux, e Rodrigo Stulzer, diretor da Conectiva. No dia 30, a sessão é às 16h.

Macmania
Enquanto isso, na Inglaterra, o filme "iBrotha" (www.ibrotha.co.uk), que foi exibido apenas uma vez, conta a saga de um maníaco por Macintosh que se transforma em um revolucionário à la Malcolm X para obrigar o mundo a respeitar as máquinas da Apple. O filme foi dirigido e escrito por Jake Barnes.

Festival
Começa hoje a terceira edição do Fluxus (www.fluxusonline.com), festival de cinema que acontece via internet. São 54 filmes de 17 países, entre documentários, animações, e-cinema (histórias de ficção) e web-artes (trabalhos interativos). O público pode votar no melhor filme até o dia 1º de dezembro.