São Paulo, Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FOTOGRAFIA Negativo sobrevive à imagem digital
EDER CHIODETTO enviado especial a Las Vegas Digital ou negativo? Digital e negativo. Pensar soluções que contemplem os consumidores desses dois tipos de captação de imagens fotográficas foi a tônica da feira da PMAI (Photo Marketing Association Internacional), que terminou no último domingo em Las Vegas, nos Estados Unidos. Em sua 75ª edição, com cerca de 700 expositores, a PMAI, uma das duas mais importantes feiras do setor, flagrou a efervescência que o mercado fotográfico vive no momento. A maioria das grandes empresas do setor fez lançamentos de câmeras digitais, convencionais e outras que servem exclusivamente ao sistema APS (que permite tirar fotos em três formatos). Todos estão atirando para todos os lados. Fora de foco Grandes expositores -como Canon, Nikon, Kodak, Fuji, Agfa e Noritsu- vêm fazendo pesados investimentos para acompanhar a explosão ocasionada pela tecnologia digital. Hoje é como se cada uma dessas empresas tivesse gerado uma outra, com pessoal, equipe de pesquisa e departamentos distintos. Essa situação, que se pensou transitória, hoje está firmando como um novo dado de realidade que vai perdurar no tempo. A tal certeza alardeada há três ou quatro anos de que as câmeras digitais iriam passar feito um rolo compressor sobre as convencionais, assim como o toca-CD fez com o toca-discos, está cada vez mais fora de foco. Vários fatores emperram tal atropelo. O custo das digitais, ainda alto, é o principal, mas há também a resistência do usuário em virtude da (aparente) complexidade de operação, além do acesso restrito a computadores que possam ler as imagens dos cartões. "A indústria não conseguiu ainda persuadir o consumidor comum que possui uma câmera convencional a trocá-la por uma digital", diz Roberto Ricci, diretor da PMAI. Se é assim que os consumidores agem, as empresas rapidamente estão se moldando a eles, acreditando na coexistência dos sistemas. Um exemplo é o minilaboratório QSS-2711 DLS, com lançamento previsto para o final do ano, que a Noritsu exibiu na feira. Trata-se de uma estação de processamento de imagens que consegue "ler" qualquer mídia (negativo, disquete, papel, slide, CD), tratar a imagem e dar o acabamento que o cliente quiser (corte, contraste, inserção de texto etc). No final, o usuário pode escolher entre as múltiplas formas de saída para decidir como levar a imagem para casa. Eder Chiodetto, editor-adjunto de Fotografia, viajou a Las Vegas a convite da Kodak. Texto Anterior: AOL procura brasileiros Próximo Texto: Mercado: Pentium III gera polêmica nos EUA Índice |
|