São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 2006

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Reportagem de capa

DE OLHO NA SALA PCs apostam em sofisticação das funções multimídia

Computador luxuoso vira centro de diversão

Divulgação
Modelo de PC da linha XPS, da Dell, que traz configurações para assistir e para gravar programas


DA REPORTAGEM LOCAL

Substituir a televisão, o eletrodoméstico mais popular e influente de todos os tempos, não é uma missão fácil.
Os computadores, porém, têm cercado a TV por todas as partes. Eles já tocam filmes e músicas, fazem as vezes de videogame e de telefone e são a opção mais barata para realizar videoconferências. Resta ainda uma última barreira: alcançar o status de aparelho simples de usar e indispensável.
Para superar esse desafio, os novos modelos de computador mostram mudanças, por dentro e por fora, que não visam apenas o aumento da velocidade de processamento e de armazenamento.

Coração multimídia
Na parte interna, as duas novidades mais significativas são o Windows Media Center Edition e os chips especiais, como o Intel Viiv e o AMD Live!.
Usados em conjunto, processador e sistema criam PCs capazes de gravar programação ao vivo, tocar som digital em vários canais e distribuir conteúdo via rede sem fio. Tudo com rapidez e uso intuitivo.
Já a parte externa dos micros passa por uma verdadeira revolução. Menores, mais elegantes e silenciosos, os modelos batizados de media centers podem ser considerados primos luxuosos dos computadores normais.
Lançamentos nos EUA, como o Sony Vaio RB60 e o HP Pavilion m7490n, mostram os principais atrativos dessa categoria: conectores que conversam com todos os tipos de aparelhos multimídia, controle remoto, sintonizador de TV e a capacidade de gravar DVDs.
A linha XPS, da Dell, também serve como exemplo. Seus modelos trazem gabinetes estilizados e placas gráficas com poderio suficiente até para profissionais da edição de vídeo.
Além disso, os micros com vocação de centro de diversão já chegam prontos para trabalhar em conjunto com home theaters. No geral, porém, eles compartilham uma característica menos empolgante: são centenas de dólares mais caros do que os PCs comuns.

Ditadura da beleza
Apesar de oferecerem um arsenal tecnológico, os micros luxuosos dependem do design para conquistar os usuários.
Devido à competitividade entre as fabricantes, a aparência é um fator fundamental. "Qualquer indústria pode adquirir máquinas que cospem os mesmos produtos que as concorrentes. Por isso, o único diferencial suscetível à barganha comercial e de status é o design", diz o responsável pela área de design de interiores da escola Panamericana de Arte Alexander Lipszyc.
O diretor do Istituto Europeo di Design, Mauro Mantica, também ressalta a importândcia da beleza dos produtos. "Quando a tecnologia fica ao alcance de todos, sua simples posse deixa de ser sinal de diferenciação", diz.
"Assim, outros valores ganham importância como critério de escolha, principalmente o design. Não é necessário ter conhecimento tecnológico para identificar o produto mais bacana", explica Mantica. (JB)


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