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Reportagem de capa
DE OLHO NA SALA PCs apostam
em sofisticação das funções multimídia
Computador luxuoso vira centro de diversão
Divulgação
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Modelo de PC da linha XPS, da Dell, que traz configurações para assistir e para gravar programas |
DA REPORTAGEM LOCAL
Substituir a televisão, o eletrodoméstico mais popular e
influente de todos os tempos,
não é uma missão fácil.
Os computadores, porém,
têm cercado a TV por todas as
partes. Eles já tocam filmes e
músicas, fazem as vezes de videogame e de telefone e são a
opção mais barata para realizar
videoconferências. Resta ainda
uma última barreira: alcançar o
status de aparelho simples de
usar e indispensável.
Para superar esse desafio, os
novos modelos de computador
mostram mudanças, por dentro e por fora, que não visam
apenas o aumento da velocidade de processamento e de armazenamento.
Coração multimídia
Na parte interna, as duas novidades mais significativas são
o Windows Media Center Edition e os chips especiais, como
o Intel Viiv e o AMD Live!.
Usados em conjunto, processador e sistema criam PCs capazes de gravar programação
ao vivo, tocar som digital em
vários canais e distribuir conteúdo via rede sem fio. Tudo
com rapidez e uso intuitivo.
Já a parte externa dos micros
passa por uma verdadeira revolução. Menores, mais elegantes
e silenciosos, os modelos batizados de media centers podem
ser considerados primos luxuosos dos computadores normais.
Lançamentos nos EUA, como o Sony Vaio RB60 e o HP
Pavilion m7490n, mostram os
principais atrativos dessa categoria: conectores que conversam com todos os tipos de aparelhos multimídia, controle remoto, sintonizador de TV e a
capacidade de gravar DVDs.
A linha XPS, da Dell, também
serve como exemplo. Seus modelos trazem gabinetes estilizados e placas gráficas com poderio suficiente até para profissionais da edição de vídeo.
Além disso, os micros com
vocação de centro de diversão
já chegam prontos para trabalhar em conjunto com home
theaters. No geral, porém, eles
compartilham uma característica menos empolgante: são
centenas de dólares mais caros
do que os PCs comuns.
Ditadura da beleza
Apesar de oferecerem um arsenal tecnológico, os micros luxuosos dependem do design
para conquistar os usuários.
Devido à competitividade
entre as fabricantes, a aparência é um fator fundamental.
"Qualquer indústria pode adquirir máquinas que cospem os
mesmos produtos que as concorrentes. Por isso, o único diferencial suscetível à barganha
comercial e de status é o design", diz o responsável pela
área de design de interiores da
escola Panamericana de Arte
Alexander Lipszyc.
O diretor do Istituto Europeo di Design, Mauro Mantica,
também ressalta a importândcia da beleza dos produtos.
"Quando a tecnologia fica ao alcance de todos, sua simples
posse deixa de ser sinal de diferenciação", diz.
"Assim, outros valores ganham importância como critério de escolha, principalmente
o design. Não é necessário ter
conhecimento tecnológico para identificar o produto mais
bacana", explica Mantica.
(JB)
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