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Saiba como se livrar de mensagens incovenientes que congestionam
a caixa de entrada e geram prejuízos a internautas e a provedores
Correntes mentiras e boatos
Editoria de Arte/Folha Imagem
![](../images/j2506200301.jpg) |
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ANA PAULA DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O futuro das caixas postais eletrônicas é sombrio. Em 2006, estima-se que cada internauta vá receber 1.400 spam por ano. Em
2000, eram apenas 130, prevê a Jupiter Research. Já dados do Gartner Group revelam que metade
dos e-mails enviados é spam.
O termo spam, que atualmente
se refere aos e-mails comerciais
não solicitados, é um tipo de presunto enlatado, ainda hoje comercializado (www.spam.com).
Em uma comédia do grupo inglês
Monty Python, vikings se reúnem
e pedem insistentemente o produto, gritando diversamente
"Spam!". Tão irritante quanto os
personagens são os e-mails.
Mas quem lucra com isso? Nos
EUA, segundo o Gartner Group
-empresa de pesquisas tecnológicas-, repassar um spam para
uma lista de 500 mil endereços
chega a custar US$ 375, já inclusos
custos como energia e conexão.
Os autores de programas de spam
cobram cerca de US$ 299. No Brasil, o preço de uma lista de e-mails
varia de R$ 12 a R$ 900.
Além do mais, é mais barato repassar propaganda por e-mail do
que imprimir a mesma quantidade e enviá-la por correio, exemplifica Hermann Wecke, do Movimento Anti-Spam Brasileiro
(www.antispam.org.br).
Crime e denúncia
Cada país possui uma legislação
diferente em relação ao lixo eletrônico. No Brasil, o spam não é
ilegal, porém fornecer dados pessoais a terceiros é crime, segundo
o Código de Defesa do Consumidor. Para conhecer as leis sobre
spam de cada país, acesse
www.spamlaws.com.
As associações contra o spam
afirmam que uma das melhores
medidas para impedir a proliferação da praga da mala-direta é a
denúncia. Para isso, a rede conta
com páginas que recebem acusação de exercício de spam e criam
relações de empresas adeptas à
prática, como www.abuse.net,
www.mail-abuse.org, www.brightmail.com. Cheque domínios de uma lista negra em
www.sdsc.edu/~jeff/spam/cbc.html.
Spam ocupacional
Empresas que liberam o acesso
à internet aos funcionários estão
preocupadas com o tempo dispensado na administração da caixa postal eletrônica. Segundo estudo do Gartner Group, cerca de
34% dos e-mails comerciais são
desnecessários.
Em média, revela o estudo, um
funcionário gasta cerca de 49 minutos por dia administrando e-mails -24% dispensam mais de
uma hora nessa atividade. Apenas
27% das mensagens recebidas
exigem atenção imediata.
Para tentar aumentar a produtividade empresarial e diminuir a
ociosidade no trabalho, as companhias passaram a investir em
programas de bloqueio ao spam.
Seguindo esse raciocínio empresarial, a Networks Associates
(NAI) criou o SpamKiller, que já
está à venda para companhias e
que em breve será comercializado
no Brasil para o consumidor final.
José Matias Neto, gerente de suporte da empresa, diz que o programa é tão vendido quanto o antivírus McAfee -também da
NAI.
Burlando as regras
Assim como a cada dia especialistas desenvolvem novos programas de combate ao lixo eletrônico, vendedores de spam criam
técnicas capazes de enganar o sistema. A mais nova arma contra a
caixa postal dos internautas é o
spam que não está em linguagem
HTML (linhas de programas em
forma de texto comum, próprio
para a web), mas é elaborado dentro de uma imagem.
Isso impede que os sistemas de
segurança filtrem o que é spam
-pois trabalham basicamente
com o reconhecimento de palavras-chave- e bloqueiem as
mensagens indesejadas.
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