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MITOS DA REDE
E-mails cuja mensagem deve ser encaminhada para salvar vidas comovem internautas, que caem na armadilha
Credibilidade é arma usada por correntes
ANA PAULA DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Escolha uma organização renomada, invente uma denúncia
-em tom revelador- de que algum produto dessa empresa estaria causando mal à saúde dos consumidores. Descubra nome e e-mail -de preferência profissional- de algum especialista na
área e, com esses dados, assine a
corrente. Encaminhe.
Essa é uma das inúmeras fórmulas criadas por internautas
mal-intencionados para obter novos endereços eletrônicos, espalhar vírus ou difamar empresas.
Uma corrente bem-sucedida
obedece à regra número um da
boataria: passando credibilidade,
consegue conquistar a confiança
do internauta, fazendo-o retransmitir a notícia aos amigos.
A corrente consegue credibilidade pela construção de textos
elaborados com seriedade e retidão e na tentativa de comprovação da notícia com supostos dados, números e até estatísticas,
buscando imprimir pretensa veracidade ao e-mail.
O bom samaritano
Por que, mesmo sabendo que o
e-mail recebido pode ser uma
corrente, ainda assim o internauta o encaminha para sua lista de
contatos? Hermann Wecke,
membro do Movimento Anti-Spam Brasileiro, teoriza que isso
acontece pela possibilidade -mínima- de a notícia ser verdadeira, além do fato de ter sido enviada por alguém de confiança.
"Pensa-se estar fazendo o bem,
afinal, "não custa nada" mandar a
mensagem adiante", conclui.
Contudo, se você tem medo de
quebrar uma corrente e de que algo terrível lhe aconteça, Wecke
recomenda, primeiramente, usar
o bom senso. Se, mesmo assim, o
internauta ainda acreditar que,
repassando 50 e-mails, Bill Gates
lhe retribuirá o favor doando uma
generosa quantia, vale visitar sites
que desmistificam a boataria das
correntes, como urbanlegends.about.com e www.antispam.org.br/correntes/hoax.html.
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