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São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2003
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Qualidade do foco surpreende em máquina sem zoom óptico
MARIJÔ ZILVETI DA REPORTAGEM LOCAL Motor de Ferrari em um Fusca. Essa poderia ser a definição da nova câmera CX4300, da Kodak. O lançamento deve ser realizado durante a feira Photo Image Brazil 2003, em agosto. Testado com exclusividade pela Folha, o equipamento é destinado ao público amador, que dispensa recursos extras, como ajustes manuais para controle da exposição da luz e opções de foco. O zoom óptico, que permite aproximar e afastar o objeto a ser fotografado com o uso de lente ajustável, é um item considerado imprescindível por fotógrafos profissionais na hora de escolher uma câmera digital. Isso porque o zoom digital, recurso de aproximação obtido por meio de software, costuma granular a imagem, deixando o objeto fotografado impreciso. A pergunta é simples: por que então anunciar uma câmera digital com resolução de 3,2 Mpixels (para impressão de imagens de 28x36 cm, quase o tamanho de duas folhas sulfite uma ao lado da outra) sem o recurso de zoom óptico? Não seria mais eficiente lançar uma máquina com menos resolução, 2 Mpixels, por exemplo, e oferecer zoom óptico para deixar que a lente se encarregue de aproximar e afastar o objeto a ser fotografado? A Kodak criou uma família de digitais para o leigo que não quer se dar ao trabalho de afastar ou aproximar o que vai registrar. São câmeras mais em conta e com os recursos mínimos (flash, zoom digital de 2x e modo automático para tirar fotos). Aposta, no entanto, em maior resolução, indispensável apenas para quem quer ampliações grandes. A câmera CX 4300 (R$ 1.399), porém, não decepciona na hora de fotografar gente na rua, em movimento. Em testes realizados durante uma manifestação, na avenida Paulista, na semana passada, a máquina apresentou resultados surpreendentes. Para registrar imagens contra a luz, bastou ligar o flash. As fotos obtidas a uma distância de mais de cinco metros apresentaram nitidez muito boa para uma máquina sem lente para aproximação. Em oito fotos obtidas a distâncias de mais de dez metros, foi possível conseguir um resultado sem perda de qualidade. Em situação de close, com 1,5 m de distância, o resultado também foi muito bom. Um dos senões fica para o tempo de espera para ligar a máquina. Se o fotógrafo utilizar apenas a memória interna, terá de aguardar que a câmera faça a leitura do que está registrado nessa memória para então permitir fazer uma foto. Tempo demais para quem quer registrar algo com rapidez. Se quiser fotografar com a qualidade máxima de resolução, só é possível obter 12 imagens com a memória interna de 16 Mbytes. A câmera não vem com cartão de memória. É um acessório extra que precisa ser comprado em separado. Quem desejar fotografar por um dia vai querer tirar pelo menos 24 ou 36 fotos (quantidades disponíveis em filmes convencionais). Nesse caso, terá de adquirir um cartão Secure Digital ou MMC (o de 32 Mbytes custa R$ 249 em wwwbr.kodak.com). A câmera vem com duas pilhas (AA) do tipo alcalina. Após bater seis fotos e visualizar o resultado na tela de cristal líquido, acabou a bateria. Claro que um conjunto de quatro pilhas, compradas em qualquer esquina, resolve isso. Para descarregar as imagens, há duas formas: cabo tipo USB, ligado ao computador, ou o sistema EasyShare II, espécie de bandeja ligada ao microcomputador e alimentada por força elétrica. Nesse caso, o fotógrafo encaixa a câmera na estação e aperta um botão para que as fotos sejam transferidas para o micro. Esse acessório custa nas lojas aproximadamente R$ 299. Tem a vantagem de vir com dois conjuntos de pilhas, que podem ser utilizadas na câmera. Podem, no entanto, ser recarregadas apenas pelo sistema EasyShare. Texto Anterior: Sensor converte imagens em sinais elétricos Próximo Texto: Integração Índice |
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