São Paulo, quarta-feira, 25 de julho de 2007 |
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Diversão Games mostram cara aterrorizante das escolas
Com a presença de professores monstruosos e coleguinhas demoníacos, a volta às aulas no mundo virtual pode ser mais terrível e desafiadora do que na vida real
Os adultos tendem a ver na escola um lugar onde há aprendizagem, segurança e disciplina. Para os alunos, as escolas representam locais quase caóticos, cheios de perigo e intrigas. Grim Grimoire Esse estranho jogo de estratégia (NIS, para PlayStation 2, US$ 39,99) acontece na Silver Star Tower, um imponente castelo gótico que pode, para muitos, lembrar Hogwarts, a escola de Harry Potter. É lá que um jovem estudante de mágica precisa enfrentar uma força maligna dotada de poderes muito maiores que os dele. Ali, há até um diretor chamado (quem diria...) Gammel Dore. Felizmente, o game adquire logo uma personalidade própria. Os membros da instituição exibem bizarrices intrigantes: o professor de feitiçaria é um demônio; o de alquimia, um leão. Eles interagem de formas surpreendentes e algumas vezes perversas. Descobrir os segredos deles será essencial para salvar a escola. Cada nível encena uma batalha entre o bem e o mal. Você usa seus livros de magia para gerar mana, com a qual se pode convocar entidades para enviar às batalhas. As entidades surgem primeiro como seres pouco vistosos (elfos e fadas), mas, logo logo, o jogador conseguirá convocar forças mais mortais, como golens e dragões. Não se pode, no entanto, simplesmente mobilizar um bando de monstros poderosos e eliminar o inimigo. Em geral, você precisará de uma boa mescla de entidades para vencer. Grim Grimoire é uma versão menos pesada de um jogo de estratégia ao estilo PC, mas nem por isso mostra-se menos desafiador. Death Jr. and the Science Fair of Doom Todas as escolas contam com sua parcela de sujeitos estranhos, mas, nesse game (Konami, para Nintendo DS, US$ 29,99), todos os estudantes são estranhos. Death Jr., o filho da Morte, possui entre seus amigos uma garota com os estigmas de Cristo e um menino que vive dentro de um jarro. Quando os gêmeos siameses Smith e Wesson levam um reator nuclear para a feira de ciências, as forças demoníacas libertam-se, transformando a escola em uma versão apavorante. DJ e seus comparsas são ternamente macabros e a Konami gosta deles o suficiente para criar uma série em torno dos personagens. Por infelicidade, o jogo não correspondeu ao design de DJ e sua turma. De forma semelhante ao que se deu com as duas aventuras anteriores desses personagens, o Science Fair (feira de ciência) é um jogo no qual a ação limita-se basicamente a correr, pular e manejar uma foice. Para um produto com uma dinâmica de jogo assim básica, os controles do Science Fair mostram-se imprecisos e morosos. Tarefas que deveriam ser de realização simples acabam gerando um sentimento de frustração. E o resultado não paga pelo esforço. Brooktown High As ameaças surgidas na escola Brooktown High não são propriamente físicas. Você terá como principais inimigos a rejeição e a humilhação. O jogo (Konami, para Play- Station Portable, US$ 39,99) simula o último ano dos alunos de uma escola tomada por panelinhas, apesar de cada estereótipo (CDF, atleta, patricinha) parecer estar representado por uma única pessoa. A meta é socializar com todo mundo e arranjar uma companhia para o baile de formatura. O problema de Brooktown High é oferecer ao jogador um tempo muito curto para conversar com seus colegas de sala, tornando difícil passar uma cantada naquela gatinha da aula de artes. Certos personagens lhe pedirão favores e pode-se faturar algum dinheiro com um emprego de sexta-feira à noite. Mas não há muita ação em Brook- town High. Você desejará dar o fora dali muito antes de chegar o dia da formatura. Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO Texto Anterior: Navegador pode ficar com a cara e o jeito do usuário Próximo Texto: Consumo: Beleza com conteúdo Índice |
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