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MÚSICA
iPod tem metade do tamanho de um maço de cigarros
Ultracompacto, tocador portátil armazena o equivalente a 60 CDs
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Apple não inventou o toca-MP3. Quando o primeiro iPod foi
criado, em 2001, dezenas de fabricantes já disputavam o setor de
tocadores portáteis. Hoje, o iPod e
seus descendentes são líderes de
vendas, com 50% do mercado
norte-americano. A reportagem
testou o iPod Mini, que está chegando ao Brasil.
Ele é muito pequeno -tem
5x9,1x1,2 cm, metade do tamanho
de um maço de cigarros-, mas
oferece alta capacidade: 3,74
Gbytes, espaço suficiente para
aproximadamente 60 CDs, ou 750
músicas de cinco minutos (no
formato MP3 com taxa de bits de
128 Kbps, que proporciona qualidade sonora razoável).
A lista de músicas, que podem
ser agrupadas por título, intérprete ou álbum a que pertencem, é
exibida num visor de cristal líquido -bem maior do que o embutido no tocador concorrente Philips HDD060.
Para selecionar o repertório desejado, você usa uma "rodinha"
que fica no painel frontal. Além de
facilitar o manejo do aparelho, essa peça, que é exclusiva da linha
iPod, contribui para o design, pois
reúne as funções de sete botões.
Outro detalhe único é o recurso
Playlists On The Go, que permite
criar seqüências de músicas (playlists) no próprio aparelho. Ou seja: você não precisa ficar definindo seus repertórios no PC.
O iPod Mini traz embutidos
quatro joguinhos simplórios.
A conexão com o micro pode
ser feita via cabo FireWire ou USB
2.0, e o tocador é compatível com
Windows e Macintosh. Nos testes
realizados com cabo FireWire, a
transferência de músicas foi rápida (o iPod Mini demorou 25 segundos para gravar o equivalente
a uma hora de música), mas a instalação no Windows XP foi imperfeita. O sistema voltou a pedir
a instalação do iPod depois que
ele já estava configurado, o que é
típico do Windows, e o programa
iTunes, que gerencia a conexão
com o iPod Mini, se recusou, em
algumas ocasiões, a transferir
músicas, exigindo a reconexão do
cabo FireWire.
A qualidade de som do tocador
é excelente, similar à obtida num
PC de mesa com placa de som off-board (separada da placa-mãe),
mas os fones de ouvido são ruins.
Aumentar um pouco o volume é
o suficiente para causar fortes distorções nos sons graves. Se você
pretende adquirir o iPod Mini,
considere a troca dos fones por
modelos melhores, como o Sennheiser MX 300 (R$ 41; www.playtech.com.br) ou o Philips
SBCHE250 (R$ 23,90; www.philips.com.br).
Autonomia
O iPod Mini usa uma bateria recarregável que, segundo a Apple,
tem autonomia de oito horas. Nos
testes realizados, ela foi além: chegou a oito horas e 51 minutos,
marca bastante aceitável mesmo
para quem usa o aparelho diariamente (você pode deixá-lo recarregando numa tomada enquanto
dorme). O método empregado na
medição é exigente -volume a
75%, reforço de graves ligado e
função Shuffle, que embaralha a
ordem das músicas, ativada. Se
você ouvir músicas em seqüência,
poderá conseguir autonomia um
pouco maior, pois o disco rígido
embutido no iPod Mini será menos exigido, e uma redução de volume também pode influir.
A bateria é boa, mas não é eterna. Segundo a Apple (www.apple.com/batteries/ipods.html), ela começa a fraquejar
após 400 ciclos de carga e descarga -o que, para quem usa o aparelho três horas por dia, resulta
em aproximadamente quatro
anos. Parece muito, mas há usuários norte-americanos que precisaram trocar as baterias de seus
iPods de primeira geração após
dois anos. A Apple brasileira não
informou o preço do serviço, que
nos EUA custa US$ 99 (mais de
um terço do preço do tocador nos
EUA, US$ 249).
Para quem gosta de música, o
iPod Mini é extremamente
atraente. Seu único defeito, tirando as falhas contornáveis mencionadas, é a ausência de microfone
embutido (que existe nos iPods
maiores e permite usá-los como
gravadores de voz). Infelizmente,
o preço -R$ 1.890; www.apple.com.br- mantém o aparelho fora do alcance da maioria dos potenciais compradores.
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