São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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consumo

Mude tudo

Fanáticos por casemods dão o maior banho de loja nos seus computadores, enchendo os micros de cores e luzes

EMERSON KIMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aluno de engenharia da computação em 2003, o estudante Fabio Rogério Piva precisava de um computador portátil para estudar. "Um notebook custava R$ 4.000; como não tinha dinheiro, resolvi fazer o meu próprio", conta. Piva montou um PC dentro de uma mala. Sem saber, construía seu primeiro casemod.
A modificação de gabinetes de computador (case modding) ganha cada vez mais adeptos -gente insatisfeita com as antigas caixas beges, que hoje ganham mais cores, mas continuam quadradonas. Algumas empresas tradicionais, observando a tendência, têm procurado turbinar suas máquinas.
Em www.neatorama.com/case-mod, há uma lista de modificações que ilustra bem a variedade de idéias aplicadas em gabinetes de computadores e outros equipamentos, como consoles de videogame e iPods.
No Brasil, o case modding avança a passos lentos, diz o organizador do 6º Encontro de Casemodders de São Paulo, Alexandre Nuccini Pires. Realizado no sábado retrasado, o evento contou com participantes do fórum do CasemodBR (www.casemodbr.com), do qual Pires é administrador.
O encontro teve diversas premiações, uma delas para o casemod mais criativo -o vencedor, eleito pelos próprios expositores, foi Álvaro Andres Lobos Jiménez, com uma modificação inspirada no console de videogame Atari.
Sites como a CasemodBR e a loja especializada RJ CaseMod (www.rjcasemod.com.br) promovem encontros como um meio de estimular o crescimento dessa prática no país.
Pires compara o case modding ao "tuning" de automóveis -o objetivo é o mesmo: personalizar a máquina e deixá-la com a cara do dono. Fã de "Guerra nas Estrelas", ele mostra com orgulho um de seus cases, que apresenta o rosto de Darth Vader na janela lateral.
Não existe um consenso de quando ou como isso se tornou uma tendência, mas as modificações mais comuns em gabinetes sempre foram adaptações para refrigerar melhor seus interiores. O crescente uso de "overclocking" dos processadores não raro levava usuários a modificar as estruturas do gabinete para instalação de novas ventoinhas ou de soluções de refrigeração a água ("water coolers").
O ideal é que as alterações na estética não prejudiquem a performance do computador, item que foi levado em conta nas premiações do Encontro de Casemodders.
Caio Francisco dos Santos, que venceu na categoria avançada, montou um gabinete transparente, espaçoso, bem ventilado e que é constantemente atualizado com novas peças. O tamanho de seu casemod não é problema em casa, pois toda a família costuma envolver-se em suas modificações. "O projeto é meu, mas todos ajudam a construí-lo."


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