São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2001

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SOCIEDADE

Sites reúnem textos vetados por escolas dos EUA

Estudantes usam a internet para superar a censura acadêmica

JEFFREY SELINGO
DO "THE NEW YORK TIMES"

Uma eleição acadêmica na Centralia High School, escola de ensino médio que fica em Washington, nos EUA, transcorria normalmente, até que possíveis irregularidades foram noticiadas na internet: "O jornal da escola não traz reportagens sérias", afirma o estudante Jonathan Stoffer, fundador do site Centralia Nerd Network (www.angelfire.com/wa2/cnn), que fiscaliza o cotidiano da instituição.
Stoffer não é o único que utiliza a rede para exercer sua liberdade de expressão: milhares de estudantes secundaristas já fundaram jornais independentes na internet para publicar notícias ou artigos censurados na escola.
As publicações alternativas, que estão reunidas em endereços como www.alternet.org/wiretapmag e http://void.oblivion.net/ugpapers, trazem matérias investigativas: um estudante revelou, por exemplo, como um empresário planejava comprar o terreno que continha uma escola pública na Carolina do Sul.
No mês passado, alunos da Hinsdale Central High School, perto de Chicago, usaram a internet para publicar textos comentando a violência escolar: depois que o diretor queimou 2.200 cópias do jornal impresso que trazia os artigos, os estudantes distribuíram panfletos divulgando o endereço do site (www.geocities.com/feature7777).
O número de estudantes que procuram a Student Press Law Center (www.splc.org), entidade que defende a liberdade de expressão nas escolas, aumentou nos últimos meses.
No ano passado, a Justiça norte-americana deu ganho de causa a um estudante que foi suspenso por criar um site ridicularizando um funcionário de sua escola. Na decisão, o juiz disse que a liberdade de expressão na rede era garantida, "mesmo para estudantes rebeldes e imaturos".



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