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SOCIEDADE
Sites reúnem textos vetados por escolas dos EUA
Estudantes usam a internet para superar a censura acadêmica
JEFFREY SELINGO
DO "THE NEW YORK TIMES"
Uma eleição acadêmica na Centralia High School, escola de ensino médio que fica em Washington, nos EUA, transcorria normalmente, até que possíveis irregularidades foram noticiadas na
internet: "O jornal da escola não
traz reportagens sérias", afirma o
estudante Jonathan Stoffer, fundador do site Centralia Nerd Network (www.angelfire.com/wa2/cnn), que fiscaliza o cotidiano da
instituição.
Stoffer não é o único que utiliza
a rede para exercer sua liberdade
de expressão: milhares de estudantes secundaristas já fundaram
jornais independentes na internet
para publicar notícias ou artigos
censurados na escola.
As publicações alternativas, que
estão reunidas em endereços como www.alternet.org/wiretapmag e http://void.oblivion.net/ugpapers, trazem matérias
investigativas: um estudante revelou, por exemplo, como um empresário planejava comprar o terreno que continha uma escola pública na Carolina do Sul.
No mês passado, alunos da
Hinsdale Central High School,
perto de Chicago, usaram a internet para publicar textos comentando a violência escolar: depois
que o diretor queimou 2.200 cópias do jornal impresso que trazia
os artigos, os estudantes distribuíram panfletos divulgando o endereço do site (www.geocities.com/feature7777).
O número de estudantes que
procuram a Student Press Law
Center (www.splc.org), entidade
que defende a liberdade de expressão nas escolas, aumentou
nos últimos meses.
No ano passado, a Justiça norte-americana deu ganho de causa a
um estudante que foi suspenso
por criar um site ridicularizando
um funcionário de sua escola. Na
decisão, o juiz disse que a liberdade de expressão na rede era garantida, "mesmo para estudantes
rebeldes e imaturos".
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