São Paulo, Quarta-feira, 27 de Outubro de 1999
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Serviços não cobrem a Internet, diz cientista

da Reportagem Local

Os sites de pesquisa não cobrem mais do que 16% da Internet. Foi o que dois cientistas constataram em estudo publicado em julho passado na revista britânica "Nature".
Na época, o artigo causou polêmica, uma vez que sites de busca renomados, entre eles o AltaVista e o Excite, estavam citados.
Steve Lawrence e C. Lee Giles afirmaram na época que a Internet tinha cerca de 800 milhões de páginas, em cerca de 2,8 milhões de computadores.
O de maior confiança, segundo os cientistas, era o Northern Light (www.northernlight.com). Em entrevista à Folha por e-mail, Lawrence afirmou que não vem fazendo mais estudos, mas tem monitorado os sites.
Ele citou um novo site que indexa 200 milhões de páginas. Trata-se do Fast (www.alltheweb.com). O Northern, segundo ele, teria chegado agora a 180 milhões de páginas.
O site do AltaVista anunciou que vai garantir atualização em sua indexação mensalmente.
Lawrence opina que as limitações dos programas de busca estão relacionadas a questões econômicas. Segundo o pesquisador, os sites não investem mais para ampliar seus bancos de dados porque consideram que os atualmente disponíveis já respondem à maioria das pesquisas.
Sem gastar em atualizações, os sites ficam mais lucrativos. A venda de anúncios (os banners, espécie de faixas com propaganda nas páginas) tem um retorno muito maior. É difícil, na opinião do cientista, haver um mecanismo de busca economicamente rentável e com boa cobertura e atualização.
Analisando resultados dos sites Northern Light (que, na época da publicação do artigo, foi considerado o mais abrangente) e AltaVista, Lawrence diz que há diferentes formas de comparar mecanismos de buscas: número de resultados fornecidos, atualização e relevância dos resultados.
A diferença entre dois sites pode ser de qualidade e quantidade. Para pesquisas mais abrangentes, mecanismos como Yahoo! (www.yahoo.com), Open Directory (www.opendirectory.com), Google (www.google.com) ou Direct Hit (www.direct.com) podem ser muito bons, diz.
O Direct Hit, por exemplo, leva em conta a popularidade do site na hora de dar os resultados. Ele coloca em primeiro lugar nos resultados os sites mais visitados.
Lawrence recomenda que, se o internauta vai partir para pesquisas mais específicas ou informações recentes, é conveniente apelar para vários mecanismos de busca. Isso porque eles são atualizados em frequências variadas e trazem páginas diferentes.
O internauta pode fazer esse procedimento automaticamente em metabuscadores, entre eles o MetaCrawler, o SavvySearch (www.savvysearch.com) e o Copernic (www.copernic.com).
Lawrence recomenda que, caso o internauta obtenha muitos resultados, vale tentar reformular a busca de forma mais precisa. Ele dá uma dica: uso de frases ou termos adicionais, como carros vermelhos, em vez de apenas carros.
Listar os resultados é um problema de difícil solução, diz ele. E as respostas desejadas podem não estar no início da pesquisa, obrigando o internauta a fazer uma navegação por todos os resultados encontrados.
Qualquer informação extra pode ajudar para restringir ou especificar ainda mais a pesquisa. O Northern Light oferece uma classificação muito boa e pode ser utilizado para cercar resultados da pesquisa. (MARIJÔ ZILVETI)





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