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PESQUISA
Serviços não cobrem a Internet, diz cientista
da Reportagem Local
Os sites de pesquisa não cobrem
mais do que 16% da Internet. Foi
o que dois cientistas constataram
em estudo publicado em julho
passado na revista britânica "Nature".
Na época, o artigo causou polêmica, uma vez que sites de busca
renomados, entre eles o AltaVista
e o Excite, estavam citados.
Steve Lawrence e C. Lee Giles
afirmaram na época que a Internet tinha cerca de 800 milhões de
páginas, em cerca de 2,8 milhões
de computadores.
O de maior confiança, segundo
os cientistas, era o Northern Light
(www.northernlight.com). Em
entrevista à Folha por e-mail, Lawrence afirmou que não vem fazendo mais estudos, mas tem monitorado os sites.
Ele citou um novo site que indexa 200 milhões de páginas. Trata-se do Fast (www.alltheweb.com).
O Northern, segundo ele, teria
chegado agora a 180 milhões de
páginas.
O site do AltaVista anunciou
que vai garantir atualização em
sua indexação mensalmente.
Lawrence opina que as limitações dos programas de busca estão relacionadas a questões econômicas. Segundo o pesquisador,
os sites não investem mais para
ampliar seus bancos de dados
porque consideram que os atualmente disponíveis já respondem
à maioria das pesquisas.
Sem gastar em atualizações, os
sites ficam mais lucrativos. A venda de anúncios (os banners, espécie de faixas com propaganda nas
páginas) tem um retorno muito
maior. É difícil, na opinião do
cientista, haver um mecanismo
de busca economicamente rentável e com boa cobertura e atualização.
Analisando resultados dos sites
Northern Light (que, na época da
publicação do artigo, foi considerado o mais abrangente) e AltaVista, Lawrence diz que há diferentes formas de comparar mecanismos de buscas: número de resultados fornecidos, atualização e
relevância dos resultados.
A diferença entre dois sites pode
ser de qualidade e quantidade.
Para pesquisas mais abrangentes,
mecanismos como Yahoo! (www.yahoo.com), Open Directory
(www.opendirectory.com), Google (www.google.com) ou Direct
Hit (www.direct.com) podem ser
muito bons, diz.
O Direct Hit, por exemplo, leva
em conta a popularidade do site
na hora de dar os resultados. Ele
coloca em primeiro lugar nos resultados os sites mais visitados.
Lawrence recomenda que, se o
internauta vai partir para pesquisas mais específicas ou informações recentes, é conveniente apelar para vários mecanismos de
busca. Isso porque eles são atualizados em frequências variadas e
trazem páginas diferentes.
O internauta pode fazer esse
procedimento automaticamente
em metabuscadores, entre eles o
MetaCrawler, o SavvySearch
(www.savvysearch.com) e o Copernic (www.copernic.com).
Lawrence recomenda que, caso
o internauta obtenha muitos resultados, vale tentar reformular a
busca de forma mais precisa. Ele
dá uma dica: uso de frases ou termos adicionais, como carros vermelhos, em vez de apenas carros.
Listar os resultados é um problema de difícil solução, diz ele. E
as respostas desejadas podem não
estar no início da pesquisa, obrigando o internauta a fazer uma
navegação por todos os resultados encontrados.
Qualquer informação extra pode ajudar para restringir ou especificar ainda mais a pesquisa. O
Northern Light oferece uma classificação muito boa e pode ser utilizado para cercar resultados da
pesquisa.
(MARIJÔ ZILVETI)
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