São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

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Melhores...e piores

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Assim como as oferendas para Iemanjá, que a maré traz de volta à praia no primeiro dia do ano, os lançamentos do mundo da informática voltaram à berlinda dos sites especializados nesta última semana, para um balanço dos melhores e dos piores de 2006.
Uma das novidades mais celebradas deste ano chegou logo no início de janeiro: os processadores de núcleo duplo Intel Core Duo, que abriram caminho para uma geração de computadores ágeis em multitarefas. A AMD acompanhou o movimento da rival e lançou sua linha de processadores dual core com o Athlon 64 X2, contribuindo para a aceleração do desempenho dos modelos de desktops e de notebooks lançados ao longo deste ano.

Dança das cadeiras
A adoção dos chips de núcleo duplo não foi a única jogada das fabricantes de chips. Intel e AMD estiveram entre as protagonistas de uma verdadeira dança das cadeiras entre as fabricantes de equipamentos de informática.
A Intel se uniu à Apple, histórica parceira da IBM, para apresentar ao mercado uma linha Macintosh dotada de processadores Intel. A AMD, por sua vez, se uniu à Dell, que até então só oferecia aos usuários máquinas com chips da Intel.
A movimentação trouxe benefícios não só aos consumidores, que assistiram a uma expansão dos horizontes do mercado, como às próprias empresas, que viram seus negócios prosperar bastante.
As vendas da Apple, por exemplo, tinham crescido 39% até setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado, rendendo US$ 19,3 bilhões -o lucro foi de US$ 1,3 bilhão. A Dell, por outro lado, que se mantinha dona da maior fatia do mercado varejista norte-americano de computadores, viu parte de seu pedaço ser devorado pela concorrência. Mesmo passando a oferecer maior variedade de produtos, com os chips da AMD, perdeu sua liderança para a HP.

Rindo à toa
O grande vitorioso deste ano, no entanto, foi um trio que há bem pouco tempo não era conhecida por ninguém: Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim. Em 2005, eles fundaram o site de compartilhamento de vídeos YouTube, que rapidamente virou febre na internet, alcançando seu ápice de popularidade neste ano: tem 81 milhões de visitantes por mês.
Seu sucesso fez com que o site fosse eleito pela revista "Time", no início de novembro, a invenção que exerceu maior impacto em 2006.
Mas o maior atestado da influência exercida pelo YouTube foi dado dias depois, quando a Google concluiu a transação de aquisição do site, pelo qual pagou US$ 1,65 bilhão.


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