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Pôquer on-line a dinheiro é controvertido
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A opinião é unânime entre os três advogados consultados pela Folha: torneios de pôquer em que os
jogadores pagam um valor
de inscrição e depois recebem um prêmio de acordo
com o desempenho são
uma prática aceita pela legislação, assim como jogar
apostando "dinheiro de
mentira", duas possibilidades do Poker Stars.
Porém a legalidade de
jogar pôquer apostando
dinheiro divide os especialistas. Para Marcelo
Goyanis, da Veirano Advogados, a questão básica é
definir o jogo de pôquer.
Segundo ele, a doutrina
jurídica divide os jogos em
três categorias: proibidos,
tolerados e autorizados. O
critério para essa classificação é o parágrafo terceiro do artigo 50 da Lei de
Contravenções Penais,
que diz que os jogos de
azar são aqueles que dependem exclusiva ou principalmente da sorte.
Se o pôquer for considerado um jogo que depende
mais da sorte do que da
habilidade do jogador,
apostar dinheiro é considerado contravenção penal, e o jogador está sujeito a multa.
Mas, diz Goyanis, há estudos que consideram o
pôquer um jogo de habilidade, mais do que de sorte.
Nesse caso, é classificado
como um jogo tolerado.
O Poker Stars está sediado na ilha de Man, território britânico onde o jogo é legalizado. Nesse caso, para Goyanis, o usuário
está sujeito às leis locais, e
não à legislação brasileira.
"Não há nenhuma norma
que proíba brasileiro de
entrar na internet e apostar, desde que o site esteja
sediado onde o jogo é legalizado", afirma Rogério Pires da Silva, da Boccuzzi
Advogados Associados.
Marcel Leonardi, da
Leonardi Advocacia, discorda. Para ele, o artigo 50
é aplicável ao pôquer a dinheiro, mesmo se jogado
on-line. Porém reconhece
que, no Brasil, não há controle ou repressão às apostas on-line.
(CA)
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