DA REPORTAGEM LOCAL

A infra-estrutura de comunicações da Copa, que foi montada pela empresa norte-americana Avaya (http://worldcup.avaya.com), é bastante complexa: segundo seus criadores, a rede conectará 40 mil computadores, incluindo servidores -máquinas de grande porte- e micros de mesa ou portáteis.
A velocidade de transmissão é alta. Embora o tipo de conexão varie conforme cada trecho da rede, há setores com duas linhas de 45 Mbps (milhões de bits por segundo), 1.600 vezes mais rápidas do que uma conexão doméstica de 56 Kbps.
Com uma única linha de 45 Mbps seria possível baixar um filme gravado em alta qualidade (arquivo de 600 Mbytes) em menos de dois minutos. A mesma tarefa levaria 23 horas com uma ligação doméstica de 56 Kbps, ou cinco horas com uma conexão de banda larga comum.
Mas essa capacidade, que nas ligações para estádios cai (mínimo de 4 Mbps), não será usada por uma única pessoa: ela será compartilhada por todos os usuários conectados à rede da Copa do Mundo. Os computadores instalados nos estádios e em alguns pontos da rede foram fornecidos pela Toshiba (www.toshiba.co.jp/soccer/world/index.htm), mas ainda não se sabe exatamente quantos PCs serão ligados ao sistema, já que muitos jornalistas (há estimativas que prevêem mais de 12 mil) poderão levar seus próprios micros portáteis.
A imprensa poderá acessar a internet na beira do campo. Cada estádio terá quatro antenas do tipo 802.11 (WiFi). Isso significa que os fotógrafos poderão transmitir suas imagens para qualquer lugar do mundo sem sair de trás do gol, por exemplo.
A rede não é composta por fibras ópticas, mas sua extensão se destaca: são mais de 5.000 km de fios de cobre, que interligam 20 estádios, dois centros de imprensa e duas sedes organizadoras.
Parte das ligações telefônicas feitas dentro da rede de informática da Copa será transmitida pelo sistema VoIP (voz via internet, em inglês). Para tanto, foram instalados aparelhos que digitalizam as vozes dos interlocutores e permitem falar e navegar na rede ao mesmo tempo. (BG)


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