|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tecnologia ajuda combate ao crime
Novo laboratório de computação da polícia do Rio deve agilizar análise de equipamentos apreendidos
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
Com cerca de 700 computadores à espera de perícia, o ICCE (Instituto de Criminalística
Carlos Éboli), da Polícia Civil
do Rio de Janeiro, inaugurou
ontem um laboratório de computação que promete agilizar a
análise de equipamentos
apreendidos nas investigações
policiais. O investimento total
no projeto foi de R$ 970 mil.
"Hoje em dia, quase todos os
crimes deixam pistas em computadores ou celulares", afirma
o chefe do serviço de perícia de
engenharia do ICCE, Wellington Silva Filho.
"Às vezes, até um homicídio
pode ser esclarecido por meio
desse tipo de análise."
Apesar disso, o instituto não
contava com estrutura específica para a perícia digital até a
inauguração do laboratório.
Em busca de informações relevantes, os profissionais tinham
que vasculhar os computadores
manualmente, abrindo arquivo
por arquivo. "Uma coisa simples às vezes levava 20 ou 30
dias", lembra o perito.
Segundo Silva Filho, o uso de
equipamentos e softwares específicos para investigação digital forense diminuirá esse
tempo e garantirá resultados
mais acurados.
Jaime Rodrigues, gerente da
TechBiz Forense Digital, responsável pela venda dos equipamentos ao ICCE, afirma que
alguns dos itens que formam o
novo laboratório são os mesmos utilizados pelas polícias federais do Brasil e dos Estados
Unidos.
As estações de trabalho,
equipadas com um software
batizado de EnCase, são capazes de processar e analisar diversas máquinas simultaneamente em busca de informações específicas.
Um outro equipamento, portátil, permite aos peritos fazer
duas cópias de um disco rígido
a uma velocidade média de 3
Gbytes por minuto.
Outro equipamento adquirido emite, em poucos minutos,
um laudo completo sobre um
celular apreendido, identificando, sem que o aparelho seja
sequer ligado, os contatos da
agenda, as últimas chamadas
realizadas e outras informações. Até mesmo dados apagados pelo usuário podem ser recuperados.
O laboratório conta ainda
com um software que faz uma
varredura em computadores
atrás de imagens pornográficas, o que, na opinião de Silva
Filho, irá facilitar o combate à
pedofilia.
"O software compara os arquivos encontrados com uma
base de dados de pedofilia e, se
houver semelhanças de cor,
textura, formas e profundidade, ele acusa. Aí o perito tem
que analisar apenas esses arquivos para eliminar o falso positivo", explica Rodrigues.
Texto Anterior: Rock Band e Guitar Hero perdem 49% Próximo Texto: Segurança: Cuidado com os cliques nas redes sociais Índice
|