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Celular toma lugar de "flanelinha"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE BERKELEY
Em San Francisco, a internet e o telefone celular serão
os "flanelinhas" do sistema
de trânsito local.
A cidade está instalando
em suas ruas uma rede de
sensores que vai indicar em
um site, em tempo real, a
existência de vagas de estacionamento. Entre junho e
julho do próximo ano, os motoristas já poderão procurar
em seus celulares a vaga mais
próxima para estacionar.
O plano visa reduzir o congestionamento e a emissão
de monóxido de carbono
causada por motoristas que
circulam enquanto não conseguem achar vagas para
seus veículos.
Serão espalhados 7.000
sensores nas vagas de ruas e
mais 11,5 mil em espaços fechados de seis regiões, cobrindo 30% dos parquímetros da cidade. Os sensores
formarão uma rede sem
transmissor central de dados, permitindo que cada
sensor seja um transmissor
em potencial.
Alimentados por duas pilhas cada um, os sensores ficarão dentro de um quadrado de plástico sobre o asfalto.
O sensor funciona ao perceber uma mudança no campo
magnético causada por um
bloco de metal.
Cada sensor funciona entre cinco e dez anos com um
único par de pilhas.
Com os sensores, San
Francisco também espera
melhorar o aproveitamento
dos seus parquímetros, que
no ano de 2007 renderam diretamente à cidade US$ 30
milhões e mais US$ 90 milhões em multas.
Os sensores poderão estabelecer o preço do parquímetro de acordo com a demanda por vagas em determinado momento e avisarão
aos fiscais de trânsito quando uma multa deve ser aplicada. Os motoristas terão como opção utilizar o cartão de
crédito para realizar os pagamentos.
San Francisco possui uma
frota de 474 mil veículos e
ainda recebe mais 35 mil veículos durante o horário comercial.
O plano para aliviar as artérias da cidade ainda está
em caráter experimental.
Chamado SFPark, ele custará US$ 23 milhões e terá duração de 18 meses.
Especialistas, no entanto,
acreditam que a facilidade
para encontrar estacionamento possa ter efeito contrário. Os "flanelinhas" eletrônicos atrairiam mais motoristas para as áreas de movimento já intenso, causando mais congestionamento e
poluição. Brigas entre motoristas pela "última vaga"
também não são um cenário
impossível.
Jay Primus, diretor do
projeto, refuta essas idéias.
Ele diz que a cidade vai manter a mesma oferta de vagas,
com a diferença de que será
mais fácil encontrá-las. De
acordo com ele, a cidade vai
usar os preços para controlar
a demanda.
(BR)
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