São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

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PARA ONDE VAI TUDO ISSO?

Devido a vendas declinantes, loja de departamentos rejeita produto em favor do gravador de DVD

Na Inglaterra, videocassete já é passado

DA REDAÇÃO

A loja de eletrônicos britânica Dixons vai parar de vender videocassetes a partir de 2005. O motivo: a venda do aparelho despencou nos últimos anos. Em uma nota, o grupo disse que a história entre o público e o equipamento "chegou ao fim".
No comunicado, a loja definiu o videocassete como a invenção que mais mudou a história do entretenimento doméstico depois da televisão. Suas vendas, no entanto, apresentam contínua queda desde meados dos anos 1990, enquanto a comercialização dos aparelhos de DVD aumentou sete vezes nos últimos cinco anos.
Para cada 40 aparelhos de DVD comprados na Dixons, apenas um cliente opta pelo videocassete. "Com inovações como os DVDs e computadores que gravam filmes, decidimos dar um fim à geração do rebobinar e ejetar", disse John Mewett, diretor de marketing da Dixons.

Da pirataria à onipresença
Por mais de 25 anos, o VHS (Video Home System) dominou as vendas desse mercado, após vencer, nos anos 1980, uma batalha com o sistema Betamax, da Sony.
A qualidade de imagem proporcionada pelo Betamax era considerada superior, mas o VHS apresentava uma vantagem operacional: suas fitas comportavam mais tempo de gravação.
Após o surgimento dos videocassetes, os principais estúdios de Hollywood processaram a Sony, alegando que o videocassete era uma ferramenta de pirataria (pois permitiria fazer cópias de filmes exibidos pelas emissoras de TV). O caso, que chegou à Suprema Corte norte-americana, resultou em vitória da Sony.

Evolução
Na década de 90, o equipamento tornou-se comum e sua tecnologia teve diversas melhorias.
Os aparelhos de DVD entraram no mercado em meados de 90, e as vendas vêm aumentando desde então -o site News.com diz que a proporção de 40 para 1 não acontece só na Dixons, mas em todo o mundo.
O mercado de DVDs movimenta cerca de US$ 15 bilhões por ano, e os fabricantes de eletrônicos esperam que, até 2008, cerca de 450 milhões de famílias tenham um aparelho do tipo em casa.

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