|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Veja teste de celulares que tiram fotos de 5 Mpixels
CAMILA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Na Virada Cultural, que
aconteceu em São Paulo no último fim de semana, 744 fotos
tiradas por celular foram transferidas para o computador da
"Libere a Cena" (libereacena.com.br), instalação que
projetava fotos em um tecido
de 36 m2.
A grande quantidade de fotos
pode ser explicada pelo fato de
que, em fevereiro deste ano,
quase 70% dos celulares vendidos no Brasil tinham câmera
embutida, segundo dados da
consultoria GfK. Mas 67,8%
deles vinham com câmera
VGA, que tem baixa resolução.
Mas o mercado oferece telefones que captam imagens com
maior resolução. A Folha testou o LG Viewty, o Nokia N82,
o Samsung G600 e o Sony
Ericsson K850i, todos com resolução de 5 Mpixels e funções
como tocador de MP3, agenda
e, no caso do N82, GPS.
O preço médio de celulares
com 5 Mpixels passou de R$
2.441 em julho de 2007 para R$
1.536 em fevereiro deste ano,
segundo a GfK; em comparação, uma câmera de 5 Mpixels
custa cerca de R$ 400.
Com exceção do G600 (que
faz imagens de, no máximo,
2.560x1.920), os outros modelos permitem obter imagens de
até 2.592x1.944 pixels, que podem ser impressas em 20x30
centímetros.
Em geral, as fotos tiradas durante o dia e em locais fechados
-principalmente com o
Viewty e o N82- ficaram com
boa definição, como se tivessem sido tiradas com câmeras
digitais amadoras convencionais. Ambas têm lentes de marcas conceituadas -Schneider-Kreuznach e Carl Zeiss, respectivamente.
As dificuldades surgem em
fotos noturnas, porque elas ficam, em sua maioria, com pouca definição e muito escuras.
Os melhores resultados nesses
casos foram obtidos com o
Viewty, que congelava o que estivesse mais próximo e que
apresentou um flash mais potente.
Outro ponto fraco é a falta de
zoom óptico. "Hoje, a maioria
das câmeras vem com, no mínimo, três vezes de zoom óptico,
obtido por meio de um jogo de
lentes que ocupa um espaço
que é difícil ter no celular. Por
isso, a maioria dos celulares só
tem zoom digital", disse Marcio Daniel, diretor de vendas da
Kodak.
O zoom óptico aproxima a
imagem por lentes, e o zoom
digital utiliza interpolação dos
pontos das imagens, os pixels, o
que reduz a qualidade da imagem.
Esse é o ponto fraco também
dos telefones Cyber-shot que,
segundo Everton Caliman, gerente de produtos da Sony-Ericsson, têm "o mesmo software, o mesmo processador e a
mesma lente da câmera Sony".
Os telefones testados permitem ajustes como modo de cena (paisagem, retrato, noite e
outros), ISO (sensibilidade à
luz), flash com redutor de olhos
vermelhos e, em alguns casos,
até estabilizador de imagem.
Também é possível ajustar cor
e brilho das imagens, recortar,
redimensionar e colocar bordas e desenhos -o G600, da
Samsung, possui mais opções.
Entre as vantagens dos celulares estão os recursos de compartilhamento: impressão por
Bluetooth e USB e compartilhamento por meio de serviços
como o Flickr, o Share on Ovi
(www.twango.com), da Nokia, e o YouTube -é possível
enviar vídeos para o site diretamente do Viewty.
Ainda não há um consenso se
o celular vai ou não substituir a
câmera. Bernardo Tinoco, analista da GfK, diz que os aparelhos ainda não são equivalentes
pois "não têm velocidade de
obturador, aumento de exposição e recursos como o de detecção de face."
Alexandre Jesus, diretor comercial da LG, diz que, com o
passar dos anos, "o celular deixa de servir só para aproveitar
o momento e passa a ter uma
câmera de qualidade."
Texto Anterior: Avaliação: Chegam telefones que sintonizam TV digital Próximo Texto: Celulares com 5 mpixels Índice
|