São Paulo, Quarta-feira, 30 de Junho de 1999
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Confira programas que evitam acesso a site pornô

da Reportagem Local

free-lance para a Folha

Não só as crianças que figuram nas obscenas imagens em circulação pela rede são vítimas. A criança internauta também corre perigo durante a navegação, ao entrar em contato com material impróprio, e em salas de chat, onde os pedófilos podem agir, tentando aliciá-las. Para evitar esses problemas, é importante a ação dos pais.
Segundo a psicóloga Rosa Maria Farah, coordenadora do NPPI -Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática-, quando uma criança cresce com acesso facilitado a sites de conteúdo pornográfico, ela pode traçar dois caminhos distintos: ou começar a achar normal ou se enfastiar.
O núcleo foi criado recentemente pela Faculdade de Psicologia da PUC-SP, preocupada com a mudança de comportamento proporcionada pela mídia. Ele busca encontrar meios de preparar psicólogos e professores para as novas formas de aprendizagem. "O Brasil ainda não tem pesquisas completas sobre a Internet", diz.
"Mas não se deve, acima de tudo, enxergar a Internet como uma vilã", salienta a psicóloga. Segundo ela, os pais são responsáveis por ensinar aos filhos como descobrir sites educativos e até como ser capazes de distinguir entre o educativo e o comercial. "Proibir só aguça o interesse pelo proibido."
"É preciso se policiar para não usar o computador como um substituto à babá ou à TV." A saída, segundo Farah, estaria em uma forma sutil de controle.
Uma das alternativas seria o filtro de navegação -um tipo de programa que impede a visita a sites de conteúdo ilícito.
"Há situações em que os filtros se fazem necessários para acompanhar o uso do micro quando os pais não estão", diz. Entretanto ressalva a importância de trabalhar em conjunto os critérios de proibição.

Onde achar os filtros
Os principais programas para monitorar a navegação das crianças podem ser comprados pela Internet. Geralmente, os fabricantes oferecem uma versão gratuita do programa, que funciona apenas por um período limitado de tempo, para que os pais testem a eficácia do produto.
Um dos mais conhecidos é o "Surf Watch". O programa pode bloquear o acesso a sites com conteúdo de sexo, violência, ódio racial, drogas etc. Os sites que contêm esse material estão catalogados em um imenso banco de dados -que é atualizado diariamente- e o usuário pode incluir endereços na lista. O "Surf Watch 3.0" também bloqueia salas de bate-papo.
O soft custa US$ 49,95 (para "Windows 98") e US$ 39,95 (para "Win95") e pode ser comprado no endereço www.surfwatch.com.
Parecido com o "Surf Watch", o "Cyber Patrol" (www.cyberpatrol.com) possui recurso que impede que a criança forneça informações como nome, e-mail e número de telefone em bate-papos.
O soft está na sua versão 4 e custa US$ 29,95, o que permite usar o banco de dados de endereços do fabricante por três meses. Após esse período, quem quiser continuar usando a biblioteca on line de endereços atualizados terá de fazer uma assinatura (US$ 19,95 por seis meses ou US$ 29,95 por um ano).
Os programas "Net Nanny" (www.netnanny.com) e "Cybersitter" (www.cybersitter.com) funcionam de forma semelhante.


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