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Confira programas que evitam acesso a site pornô
da Reportagem Local
free-lance para a Folha
Não só as crianças que figuram
nas obscenas imagens em circulação pela rede são vítimas. A criança internauta também corre perigo
durante a navegação, ao entrar em
contato com material impróprio, e
em salas de chat, onde os pedófilos
podem agir, tentando aliciá-las.
Para evitar esses problemas, é importante a ação dos pais.
Segundo a psicóloga Rosa Maria
Farah, coordenadora do NPPI
-Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática-, quando
uma criança cresce com acesso facilitado a sites de conteúdo pornográfico, ela pode traçar dois caminhos distintos: ou começar a achar
normal ou se enfastiar.
O núcleo foi criado recentemente
pela Faculdade de Psicologia da
PUC-SP, preocupada com a mudança de comportamento proporcionada pela mídia. Ele busca encontrar meios de preparar psicólogos e professores para as novas
formas de aprendizagem. "O Brasil
ainda não tem pesquisas completas sobre a Internet", diz.
"Mas não se deve, acima de tudo,
enxergar a Internet como uma vilã", salienta a psicóloga. Segundo
ela, os pais são responsáveis por
ensinar aos filhos como descobrir
sites educativos e até como ser capazes de distinguir entre o educativo e o comercial. "Proibir só aguça
o interesse pelo proibido."
"É preciso se policiar para não
usar o computador como um substituto à babá ou à TV." A saída, segundo Farah, estaria em uma forma sutil de controle.
Uma das alternativas seria o filtro de navegação -um tipo de
programa que impede a visita a sites de conteúdo ilícito.
"Há situações em que os filtros se
fazem necessários para acompanhar o uso do micro quando os
pais não estão", diz. Entretanto
ressalva a importância de trabalhar em conjunto os critérios de
proibição.
Onde achar os filtros
Os principais programas para
monitorar a navegação das crianças podem ser comprados pela Internet. Geralmente, os fabricantes
oferecem uma versão gratuita do
programa, que funciona apenas
por um período limitado de tempo, para que os pais testem a eficácia do produto.
Um dos mais conhecidos é o
"Surf Watch". O programa pode
bloquear o acesso a sites com conteúdo de sexo, violência, ódio racial, drogas etc. Os sites que contêm esse material estão catalogados em um imenso banco de dados
-que é atualizado diariamente-
e o usuário pode incluir endereços
na lista. O "Surf Watch 3.0" também bloqueia salas de bate-papo.
O soft custa US$ 49,95 (para
"Windows 98") e US$ 39,95 (para
"Win95") e pode ser comprado no
endereço www.surfwatch.com.
Parecido com o "Surf Watch", o
"Cyber Patrol" (www.cyberpatrol.com) possui recurso que impede
que a criança forneça informações
como nome, e-mail e número de
telefone em bate-papos.
O soft está na sua versão 4 e custa
US$ 29,95, o que permite usar o
banco de dados de endereços do
fabricante por três meses. Após esse período, quem quiser continuar
usando a biblioteca on line de endereços atualizados terá de fazer
uma assinatura (US$ 19,95 por seis
meses ou US$ 29,95 por um ano).
Os programas "Net Nanny"
(www.netnanny.com) e "Cybersitter" (www.cybersitter.com)
funcionam de forma semelhante.
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