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Polícia busca pista de crime em provedor
das agências internacionais
A alta tecnologia é mais uma arma no combate ao crime.
Com mandados de busca e um
catálogo com nomes de pedófilos,
molestadores, terroristas e assassinos, a polícia obtém na America
Online dados que usuários da rede
nunca sonhariam que acabassem
nas mãos da lei.
"Se você quebrar a lei usando a
Internet, poderá ser localizado",
diz o policial Ron Horack, encarregado de investigações relacionadas
à AOL pelo xerife do município de
Leesburg, Virginia (EUA).
Em 26 de maio, autoridades federais norte-americanas chegaram até um pediatra de Virginia
que tinha material pornográfico
com crianças após investigar sua
conta na AOL e achar imagens de
sexo explícito recebidas por e-mail
ao longo de aproximadamente seis
meses. No seu PC foi achado mais
material pornográfico.
Ao sair para caminhar ou dar
uma volta de carro, ninguém nota.
Navegando na Internet, um rastro
permanece. E atrás desse rastro está a polícia, em um número crescente de investigações.
Privacidade
Autorizada por um mandado, ela
pode olhar o e-mail e outras formas de comunicação de suspeitos
de cometer um crime, obtendo informações nos provedores e nos
serviços de e-mail ou chat.
A polícia pode fazer o mesmo
com as vítimas. Tudo pode ser
uma evidência potencial e, eventualmente, material de documentos públicos.
"Isso é um risco para a privacidade", afirma Marc Rotenberg, diretor do Electronic Privacy Information Center, que acha que a polícia
deveria usar os meios tradicionais
de investigação.
"Muito mais eventos são registrados (on line) e que não poderiam ser registrados no mundo físico", diz Rotenberg. "Eu acho que
isso vai se tornar um enorme problema para as pessoas, que cada
vez mais dependem dos provedores."
Horack rebate: "Se eles estão
usando a Internet para cometer
crimes, nós vamos usá-la para pegá-los".
A AOL diz que não lê ou fornece
informações de comunicações
particulares, exceto em casos de
processos legais. Outros fornecedores de serviços on line, como Yahoo! e Hotmail, dizem o mesmo.
Neste ano, os mais de cem casos
de busca nos servidores da AOL
em Leesburg revelaram pedófilos e
molestadores que usaram a rede
para achar suas presas ou deixaram claras suas intenções em relação às vítimas ou aos policiais disfarçados.
Os mandados são especialmente
efetivos no combate à pornografia
infantil. "Os pedófilos não jogam
nada fora", diz Horack. Até mesmo quando eles apagam fotos do
seu computador, o material pode
ser achado nos seus provedores.
Tradução de Airton Lopes
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