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JULGAMENTO
Testemunho a favor da Microsoft foi pago
das agências internacionais
Terminou na quarta-feira passada o último depoimento das testemunhas no caso Microsoft. A líder
em vendas de programas para
computadores é acusada por 19 Estados e pelo Departamento de Justiça norte-americano de práticas
comerciais ilegais.
Interrogado pelos advogados do
governo, o economista e professor
do Massachusetts Institute of
Technology (MIT) Richard
Schmalensee, que foi testemunha
de defesa da Microsoft, afirmou
que recebeu mais de US$ 250 mil
da empresa durante dois anos.
Apesar de o pagamento a especialistas que testemunham em
processos não ser ilegal, o governo
parece ter conseguido minar a credibilidade de Schmalensee.
Conduzido pelo advogado da
Microsoft, Michael Lacovara,
Schmalensee afirmou que existem
outros sistemas operacionais que
ameaçam a liderança do "Windows". "O "Linux" é um deles", disse. Já o advogado do governo, David Boies, desafiou a afirmação,
questionando a "incrível ameaça
do "Linux" ao "Windows'".
Encerrados os depoimentos, o
juiz Thomas Penfield deverá estipular um prazo de 60 dias para que
os dois lados finalizem suas observações.
Para entender o caso
Para o governo, a Microsoft descobriu que perdia para a Netscape
a liderança nos programas de navegação -browsers- e, para concorrer, decidiu incluir o browser
em seu sistema operacional, que
domina absolutamente o mercado.
Para a Microsoft, a decisão de integrar o browser ao "Windows"
daria mais vantagens técnicas ao
dono de um computador. E a tática
fez com que passasse a Netscape
no ano passado. Foi quando o processo teve início.
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