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CENSURA NA REDE
Internet ainda sofre com as proibições
ADRIANA LUTFI
da Reportagem Local
Ainda há gente nesse mundo que
não sabe o que é Internet. A população da Síria, por exemplo, até hoje é proibida de acessar a rede fora
das universidades. A navegação é
controlada por filtros de conteúdo.
Na Arábia Saudita, onde a Internet chegou no final do ano passado, todos os sites são controlados
pelo governo, mesmo que 40 empresas estejam provendo acesso no
país. O provedor central, do governo, controla todas elas. O país bloqueia páginas consideradas ofensivas ao islamismo.
No Irã, a Internet é privilégio dos
funcionários do governo, e o sistema telefônico é precário. A Tunísia, pequeno país árabe-africano, é
capaz até de torturar opositores do
governo, segundo a Anistia Internacional.
Mas não é só em países árabes
que reina a desconfiança em relação ao potencial da Web. Em
Myanma, no sul da Ásia, a Internet
é considerada um "veículo ilegal".
Ter um computador com modem
sem autorização do governo militar é crime. A pena pode ser de até
15 anos de cadeia.
Na Malásia, perto das Filipinas,
os sites que reúnem manifestos
contra o governo são imediatamente bloqueados. Quatro pessoas
foram presas por terem discutido
sobre a política do país usando e-mails.
O Vietnã publicou um decreto
em 1997 que estabeleceu o controle
de conteúdo e a censura na Internet. A criação de páginas na rede
só é possível com chancela oficial.
Para driblar a falta de liberdade
de expressão, habitantes da maioria desses países acessam a rede
por meio de provedores estrangeiros -pagando caro por isso- e
mantêm páginas em hospedeiros
gratuitos, como o Geocities.
Controlar o conteúdo de sites e o
caminho de e-mails é o mínimo
que os censores fazem. Na China,
dois B hackers que invadiram um
banco foram mortos, e duas pessoas que escreviam e-mails a favor
da democracia estão presas.
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